Como começou a carreira de modelo?
Eu sempre sonhei em ser modelo, desde pequena. Quando eu era criança, minha irmã desfilou para uma loja. No final do desfile meu padrinho me colocou em cima da passarela e minha mãe lembra que só de eu estar ali já estava muito feliz. Minha avó me botava no meio-fio da calçada para desfilar, andar com um pé na frente do outro. Fui convidada para ir a Gramado, quando tinha uns 8, 10 anos, e lá teriam as agências de todo o país, para escolher e nos levar. Minha mãe não deixou eu ir porque eu era muito nova, ela ficou com receio. Ali um pedaço do meu sonho morreu. Acabei nem querendo mais saber da vida de modelo.
Este é o segundo concurso do qual participa. Como foi a experiência anterior?
O outro concurso que participei, eu tinha 13 anos, foi o Rainha Estudantil, representei a escola Odilo Afonso Thomé. Minha amiga me falou que teria e disse para eu me inscrever. Ela pegou a ficha e me trouxe. Me inscrevi, fiz bastante amizades e torci de verdade para as minhas amigas. Isso é algo que eu gosto, vejo as pessoas felizes e isso é bom para mim. Não estava pensando só em mim, mas nelas também. Foi uma experiência muito boa. Aprendi que a gente precisa sorrir, porque eu estava tão nervosa que nem consegui sorrir na hora.
Ser modelo exige que tipo de renúncias?
Ser modelo exige muitas renúncias, para cuidar da alimentação e do corpo. Se comemos determinadas coisas, vai fazer um efeito no nosso corpo, no nosso cabelo, então é necessário esse cuidado. Antes não tinha essa disciplina, mas agora preciso ter. E também renúncias como ficar longe da família nas viagens, por exemplo. Mas se é o nosso sonho, a gente tem que enfrentar, tudo tem um preço.
O que este trabalho agrega na tua vida?
Mudou muito a minha vida, porque agora eu tenho que ter disciplina, tenho que ter foco para honrar os meus compromissos. Também me ensinou a cuidar mais de mim, ter mais amor próprio, porque se expor não é fácil. Já tive depressão também, então o trabalho me fez resgatar o meu valor e querer ajudar outras pessoas.
Tem algum foco específico na profissão?
O meu foco nunca foi ser modelo, porque sendo modelo não temos voz. Se nos contratam, temos que fazer o que nos mandam e ponto, não temos fala nem opinião. Agora, sendo miss, podemos ajudar outras pessoas, com projetos sociais, que é o que eu gosto. Já participei com minha irmã, quando era mais nova, e quero voltar com isso, com projetos com foco em animais, crianças e pessoas que estão enfrentando alguma dificuldade, como depressão e ansiedade. Esse é o meu foco, poder ajudar e levar alguma mensagem, porque quando nos unimos, conseguimos sim transformar o mundo.
Como é para ti representar a região nos concursos?
Fico honrada em representar nosso interior e levar algo bom. Em momentos tão complicados, poder fazer algo inspirador é gratificante, ainda mais que o propósito é a união. Também levantar essa bandeira de agregar valores, e dizer que sim, conseguimos conquistar nossos sonhos, independente de onde viemos. A nossa força nos leva longe, quando sabemos quem somos, nada e ninguém nos impede de transformar e conquistar muito mais.