Um livro com personagens negros e que incentiva o cuidado com o meio ambiente e a convivência com a diversidade. Essas são características da obra literária “Zabelê Beremi Bambata, a menina de sucata”, de Jocelaine Machado. Um dos títulos preferidos da supervisora pedagógica do Sesc, Sandra Wolf.
A narrativa conta a história de uma criança negra que vive feliz com sua família. Mas o desejo por aventuras fez surgir a necessidade de ter mais amigos. Assim, com a ajuda da mãe e das sucatas, ela cria um mundo de imaginação.
Os personagens em sucata são como outros amigos, alguns com deficiências, idosos, palhaços, animais e seres fantásticos. E, neste processo, além de ter uma casa cheia, a menina também descobre a vantagem de reaproveitar para a preservação ambiental.
“Na área da educação, o livro serve como ferramenta de apoio para pesquisas, criações e ampliação do entendimento cultural acerca dos negros, da inclusão e da poética apresentada por objetos do nosso cotidiano que se transformam em personagens”, destaca Sandra.
Ela conta que na infância, a leitura era a única possibilidade de acesso à cultura e informações sobre o mundo,e o hábito era mais naturalizado na época em que os eletrônicos ainda não tinham ganhado espaço.
Mas, apesar dos avanços da tecnologia e das possibilidades digitais, os livros físicos continuam sendo os preferidos de Sandra, tanto para as leituras pessoais quanto para o ensino das crianças. A pedagoga acredita que a leitura tem poder de exercitar a imaginação e a capacidade de interpretação, além de desenvolver o pensamento crítico.
“A leitura também influencia nosso comportamento, uma vez que nos traz acesso a diversos enredos e culturas”, acredita.