Na hora de fazer as malas para a praia, o protetor solar é um dos primeiros itens a ganhar espaço na bagagem. De fato, a exposição direta ao sol pode causar sérios danos para saúde e por isso é fundamental se proteger. No entanto, o fim das férias não significa que o produto deve voltar para a gaveta.
O protetor solar é indicado para uso diário, independente das condições do tempo. “Oito horas embaixo de uma luz fluorescente são três minutos de sol. Além do mais, dados mostram que 80% do sol a que somos expostos em uma vida inteira, pegamos em pequenas saídas, como ir no mercado ou buscar o filho na escola”, revela o dermatologista Sandro Gularte Duarte.
Além de reduzir manchas, proteger a pele do sol retarda o envelhecimento. Mas os motivos para os cuidados diários vão além da estética. A longo prazo, o protetor solar protege contra doenças em que o sol é um agravante, como o lupus, e também o câncer de pele.
Em dezembro de 2021, a Sociedade de Dermatologia Brasileira (SDB) informou que o Rio Grande do Sul ocupa o terceiro lugar entre os cinco estados com os maiores índices de câncer de pele. De 2013 a 2017, foram 27mil casos. Uma análise realizada pela SDB mostra que, por ano, cerca de 4 mil brasileiros morrem em razão da doença.
Como escolher o ideal
Segundo Duarte, é importante escolher com produto com pelo menos 30 FPS e proteção ultravioleta B e A. Para pessoas com pele oleosa, o indicado é utilizar um protetor com textura em gel. Se a pele for seca, o melhor são os cremes. Homens com barba devem utilizar os sprays. “É preciso encontrar o protetor solar em que a pessoa se adapte. Quanto mais adaptada, mais ela vai usar”, destaca.
Protetores físicos também são importantes. Chapéus e camisetas com filtro FPS são acessórios que podem ser utilizados, especialmente em crianças. “Assim é possível deixar os pequenos mais confortáveis”, pontua Duarte. Também é preciso observar o horário de exposição ao sol, que deve ocorrer antes das 10h e depois das 15h.