Proteção do patrimônio digital

Opinião

Thiago Maurique

Thiago Maurique

Jornalista

Coluna publicada no caderno Negócios em Pauta.

Proteção do patrimônio digital

O ataque cibernético às Lojas Americanas foi mais um dos milhares de casos que se acumulam no Brasil. Os problemas no site podem causar um prejuízo de R$ 329,9 milhões à companhia, cujas ações na bolsa já despencaram mais de R$ 1,5 bilhão em valor de mercado. Um rombo gigantesco, provocado por hackers em uma companhia que investe milhões por ano em cibersegurança.

Quinto país com mais registros de ataques virtuais contra empresa no mundo, o Brasil viu crescer em 31% o número de invasões em 2021. Grandes companhias como Lojas Renner, CVC, Porto Seguro, Atento e Serasa Experian se somam a milhares de pequenas e médias empresas vítimas de criminosos digitais.

Os casos se acumulam também no Vale do Taquari e uma parcela considerável dos empresários ainda evita abordar o assunto. Porém, a inevitável digitalização das empresas obriga a proteção do patrimônio digital: os dados da empresa e de todos os que com ela se relacionam.


Insights da NRF 2022

A Fecomércio-RS lançou e-book com insights sobre a NRF 2022 Retail’s Big Show – maior feira do varejo mundial realizada em janeiro na cidade de Nova York. A publicação adentra em assuntos instigantes como o metaverso, o avanço dos conceitos de ESG e diversidade, além de exemplos e fontes de inspiração. O e-book está disponível gratuitamente no endereço fecomercio-rs.org.br.


Acerto de Contas

O ano era 1922 e o presidente Arthur Bernardes dava início a uma gestão depois marcada por permanente instabilidade política. Representante da política “café-com-leite”, com privilégios às oligarquias cafeicultoras de São Paulo e Minas Gerais, teve o governo marcado por crises econômicas, corrupção e repressão violenta aos opositores. Foi o início do fim da República Velha.

Bernardes ficou famoso pela frase “Aos amigos tudo; aos inimigos, o rigor da Lei” – síntese do próprio caráter e resumo perfeito da história política brasileira. Apesar de tudo, deixou ao menos um legado positivo: a criação do Imposto de Renda, instituído em 31 de dezembro daquele ano.

Pode-se discutir a defasagem de 134% na correção da tabela do tributo, o escalonamento inadequado ou mesmo a destinação dos recursos, mas não a proposta simples e justa de tributar mais quem ganha mais.

O Imposto de Renda passou por diversas modificações ao longo desses cem anos e aguarda a aprovação de nova reforma no Congresso. O que não mudou nesse tempo todo foi a paixão nacional de deixar para a última hora o envio dos dados da declaração.
Antes da digitalização, o último dia de entrega da papelada era marcado por imagens da correria nos postos de atendimento da Receita Federal. Hoje, a urgência persiste, mas restrita aos escritórios de contabilidade e aos ambientes digitais do Fisco. Para evitar transtornos, a antecipação é o melhor remédio.


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