“Um estilo de som vibrante, violento,  sem dó. Hoje já não consigo ficar sem”

ABRE ASPAS

“Um estilo de som vibrante, violento, sem dó. Hoje já não consigo ficar sem”

Murillo Klein Rocha, 40, é vocalista da banda Atropina, de “death metal”. O último trabalho do grupo foi lançado também em Portugal e eleito um dos 20 melhores álbuns do gênero do mundo pela revista World of Metal

“Um estilo de som vibrante, violento,  sem dó. Hoje já não consigo ficar sem”

O que despertou o interesse pelo “death metal”?
Foi algo que veio e se construiu desde criança. Minha família escutava rock e meu irmão mais velho tinha uma banda punk. Esse pulo do rock pro metal aconteceu na minha adolescência, quando conheci o pessoal que formou a banda. Com o ouvido acostumado com o peso, quando a galera me mostrou o metal extremo, foi demais. É um estilo de som vibrante, violento, sem dó. Hoje já não consigo ficar sem. Todo tipo de arte que eu consumo me impacta quando me faz sentir algo. E o metal faz isso, a gente sente o que a música diz sem nem precisar saber a letra.

Como foi o processo de aprendizado para cantar esse gênero musical?
Eu entrei na banda como baixista em 2001, mas somente em 2012 passei para o vocal. Nos primeiros anos observei e brinquei com o vocal gutural sem compromisso. Quando fiz a transição definitiva, foi uma questão de aperfeiçoar a técnica. Foi muita troca de ideia com vocalistas conhecidos, pesquisas na internet, e muito treino. Parece uma coisa de outro mundo, mas depois que aprende a técnica correta, vai tranquilo.

Qual a trajetória da banda Atropina?
A Atropina se formou em Teutônia em 1996, com a gurizada ainda no colégio. Em 1998 gravamos uma demo tape chamada “Louvar a Tudo por Nada”, e a partir daí começamos a excursionar com a banda. Em 2001 lançamos o primeiro álbum, que também saiu em Portugal. De 2008 até 2012 a banda ficou parada em função de compromissos dos integrantes. Afinal, não é fácil ter banda de metal no Brasil. Em 2012 voltamos com tudo, e desde então já lançamos três álbuns: “Mallevs Maleficarvm” , “Porões da Luxúrias” e “Prego em Carne Podre”. Esse último foi lançado em 2021, aqui e em Portugal, e lá foi eleito um dos 20 melhores álbuns de Death Metal do mundo inteiro, pela revista World of Metal.

Qual a sensação de voltar aos palcos?
Durante a pandemia participamos de alguns festivais em live, mas não é a mesma coisa que sentir o calor e a vibração da galera ao vivo. Devagar estamos começando a fazer alguns shows. Desde novembro já estivemos em Carlos Barbosa, São Leopoldo, Tubarão-SC, Blumenau-SC e Novo Hamburgo. Estamos com sangue nos olhos e queremos aproveitar ao máximo toda oportunidade que tivermos de tocar. Já temos datas confirmadas pra São Paulo e também na Argentina.

O Vale do Taquari gosta desse gênero musical?
A região tem um bom número de apreciadores do estilo e inúmeras bandas de renome dentro da cena como Harmony Fault, Imundo, Infecto, Skravus, entre outras. E pra facilitar ainda temos o Galeras Rock Bar que apoia essa cena e sempre abre as portas pra essas bandas se apresentarem.


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