Anunciado com pompas pelos quatro cantos do Estado, o programa Juro Zero durou pouco tempo e trouxe mais trabalho para as cooperativas de crédito do que efetividade. Durante debate na Rádio A Hora na manhã de sábado, 18, a gerente da Sicoob São Miguel, de Teutônia, Jaqueline Herrmann da Silva, gerente regional da Cresol, Rodrigo Riffel, e o presidente da Sicredi Integração RS/MG, Adilson Metz, foram unânimes em expressar o sentimento de frustração com o programa.
O principal problema foi a quantidade de recursos disponíveis, considerada ínfima em relação à demanda. Se todo o recurso disponível fosse dividido entre todos os MEIs, micro e pequenas empresas do RS, cada uma receberia R$ 600 – um valor irrisório. Estima-se que o total destinado para o programa deveria ser pelo menos dez vezes maior.
Por esse motivo, nem mesmo o banco do Estado, Banrisul, aceitou aderir ao programa, que só se concretizou graças às cooperativas de créditos. A ideia de conceder juros subsidiados é excelente, mas, para não passar de propaganda em ano de eleição, o programa precisa ser ampliado e se tornar permanente.