O PP de Lajeado realizou encontro da Executiva Municipal na noite de terça-feira. Alguns vereadores e líderes do partido participaram do evento. Marcelo Caumo (PP), o prefeito, não estava presente. E um dos principais debates do grupo foi justamente a possibilidade dele ser efetivado como o pré-candidato da sigla para buscar uma vaga na Assembleia Legislativa. Pois bem. Ao fim do encontro, uma (quase) certeza: Caumo não vai concorrer.
Caumo e a Assembleia II
O prefeito lajeadense não quer renunciar. Para ser candidato em outubro, ele precisa abrir mão dos últimos dois anos de mandato. Conforme a regra eleitoral, os chefes dos executivos municipais não podem retornar ao cargo em caso de derrota nas urnas. Aliás, este é um sistema perfeito para quem já está no parlamento. Afinal, é um modelo que afasta quem está em destaque (ou na vitrine) e facilita a vida de quem busca a reeleição.
Caumo e a Assembleia III
No programa Frente e Verso, ontem, Caumo não confirmou a desistência. Pelo contrário. Afirmou que um grupo de empresários solicitou uma reunião presencial para debater sobre a possível candidatura. Questionado pelo colega, Fernando Weiss, ele garantiu que a definição ocorre até o fim do mês. Mas, o prefeito deixou clara a insatisfação com as regras eleitorais e reforçou a necessidade de cumprir o compromisso firmado com o eleitor lajeadense.
Caumo e a Assembleia IV
Na iminência de definitivamente perder Caumo para o pleito geral de outubro, o PP de Lajeado já trabalha com outras duas possibilidades: Gláucia Schumacher, a vice-prefeita, e Isidoro Fornari, vereador e ex-presidente da Câmara. O tabuleiro ainda está se mexendo e a decisão dos Progressistas deve ocorrer aos 46 minutos do segundo tempo. Aliás, até mesmo um apoio ao pré-candidato João Braun (PP), vereador em Estrela, não está 100% descartada.
Poços e contrapartidas
Após algumas boas semanas de debates e intrigas, a Câmara de Vereadores de Lajeado enfim aprovou o projeto de lei que autoriza a empresa Bebidas Fruki a perfurar três poços em área pública, e explorar a água nos respectivos locais. A demora na aprovação estava relacionada às contrapartidas. Por fim, os legisladores aceitaram a instalação de 10 postes de energia elétrica, 10 novos bancos, além de uma série de reformas em alguns pontos do Parque do Engenho, onde está localizada a área concedida pelo município para as perfurações.
São contrapartidas irrisórias para o faturamento da empresa, é óbvio. Mas, e isso poucos sabem, a Bebidas Fruki já paga (por imposição legal) uma salgada conta pela exploração dos recursos naturais. Conforme lei federal de 2017, a empresa precisa pagar uma Compensação Financeira de Exploração de Recursos Minerais (CFEM). E, segundo a legislação, o município tem direito a 60% do valor arrecadado. Até o momento, a regra gerou R$ 3,7 milhões ao município.
O valor estava retido em uma conta judicial, pertence ao governo de Lajeado, mas foi sacado recentemente pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia. Diante disso, a administração municipal busca formas de receber os recursos que lhe pertencem e que comprovam, de forma ainda mais gritante, que o derradeiro debate sobre as contrapartidas na Câmara de Vereadores foi um verdadeiro armazém de secos e molhados.
Apoio ao Maneco
Ex-prefeito de Taquari e ex-presidente da Famurs, Emanuel Hassen de Jesus (PT), o “Maneco”, visitou o Grupo A Hora na manhã dessa quarta-feira. Segundo ele, a movimentação para angariar apoio à pré-candidatura a deputado estadual já conquistou apoiadores em mais de 70 municípios gaúchos, de diferentes siglas partidárias, e de ideologias distintas. Ontem à noite, uma reunião online reuniu esse povo todo. E, de fato, Maneco tem boas chances de vitória.
• O Banrisul venceu a licitação para operar a folha de pagamento do funcionalismo público do município de Estrela. O valor do arremate ficou em R$ 1,8 milhão. A decisão agradou alguns servidores. Outros tantos não gostaram. Antes da concorrência, o serviço era realizado pela Caixa Econômica Federal.
• Economista e um dos principais representantes da CIC/VT, Oreno Ardêmio Heineck foi taxativo ao definir o plano de concessões rodoviárias do Estado. “A concessão é necessária, mas sem vender a alma”. Ele alerta para o possível baixo índice de investimentos que, segundo estudo da Fetransul, deve ficar próximo a 22% dos valores arrecadados.
• Ex-prefeito de Teutônia, Jonatan Brönstrup (PSDB) participou da solenidade de lançamento da Festa de Maio, na noite de terça-feira. Ele é pré-candidato a deputado estadual, e, em caso de insucesso, é um pré-candidato natural ao pleito municipal de 2024.
• O governador Eduardo Leite (PSDB) é pressionado a concorrer à reeleição. Se aceitar e conquistar êxito, será o primeiro chefe do Executivo estadual gaúcho a conseguir tal façanha. E o ineditismo do fato pode aguçar as ambições do tucano. Ah, e uma possível candidatura dele pode beneficiar, direta ou indiretamente, a campanha de Jonatan Brönstrup.
• Na edição de ontem, reportagem do A Hora impresso especificou os investimentos no trecho de quase 20 km da ERS-130, em Arroio do Meio. Conforme o plano de concessões, o Estado prevê R$ 201 milhões em 30 anos. Pela matemática simples, são R$ 6,7 milhões por ano, ou R$ 558,3 mil mensais para aplicar na rodovia estadual. É muito? É pouco? Com a palavra, o leitor.