A intenção de incluir a ERS-332 no plano de concessões do governo estadual demorou a virar pauta entre os gestores dos municípios mais impactados. Por outro lado, e isso é preciso deixar registrado, a Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC) defendeu, desde o início do debate, um olhar mais atento à importante rodovia estadual. Desde o início dos embates, reforço, os representantes da CIC estavam cientes da importância de revigorar a principal via de escoamento do mais importante polo ervateiro do Rio Grande do Sul.
Colega de bancada no programa Frente e Verso, o economista e membro da diretoria da CIC/VT, Ardêmio Heineck, utilizou-se dos microfones da Rádio A Hora, no dia 29 de setembro de 2021, para avisar sobre o fato. Em alto e bom som. “A ERS-332 precisa ser incluída no programa de concessões do Estado”, disse. “É uma microrregião extremamente progressista e o Vale do Taquari, de forma injusta, virou as costas para aquela região”, reforçou. Poucos ecoaram, à época, a bandeira defendida publicamente (e nos bastidores) pela CIC/VT. E, por ora, deu no que deu.
Posse de arma
Pré-candidato a deputado federal no Vale do Taquari e com quase dois pés no PL, o ex-coordenador regional do DEM, Felipe Diehl, divulgou nas redes sociais uma informação que mexe com o eleitorado regional: ele conquistou o direito à posse de arma de fogo. Na legenda da imagem, ele escreveu: “Uma arma na mão vale mais que toda força policial no telefone”.
“Sou pré-candidato a deputado”
Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, e deputado estadual licenciado, Edson Brum (MDB) entrou em contato para contrapor informações divulgadas na coluna. Ele garante que é pré-candidato a mais um mandato na assembleia e, sobre a possibilidade de ser indicado pelo parlamento para assumir uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE), afirma que a eventual nomeação depende da renúncia de Algir Lorenzon, indicado pelo mesmo MDB anos atrás, e hoje cotado para uma vaga de conselheiro da AGERGS.
Brum também questionou as críticas referentes à participação dele nas demandas de Encantado junto ao plano de concessão, com destaque para a manutenção da praça de pedágio de Palmas. Ele afirma que intermediou diversos encontros entre líderes regionais e a alta cúpula do Estado. “Eu defendo que o modelo seja igual ao Vale do Rio Pardo. E acho injusto que a cobrança permaneça em Encantado. A região perde competividade”, afirma. Para ele, a tarifa é mais barata em pontos com maior fluxo de veículos.
Apelos à 129
A devolutiva do governo estadual demonstrou que não foram poucos os pedidos referentes à ERS-129, no trecho (sem pedágio) entre Estrela e Colinas. O governo estadual analisou 22 solicitações, e contemplou apenas uma demanda. Entre as negativas, uma nova ponte sobre o Arroio Boa Vista, no bairro Boa União, e melhores acessos ao aeródromo e à Vila São José. Por sorte, o mesmo trecho será contemplado com a tão sonhada ciclovia, com recursos estaduais e municipais. As obras devem iniciar em maio. E isso precisa ser sabiamente celebrado.
• Bomba em Forquetinha. A sentença judicial que determina a cassação do prefeito e vice comprova que o poder público municipal costuma ser a principal empresa em municípios menores. A luta pelo poder (e os cargos decorrentes do poder) nestas pequenas comunidades é costumeiramente ferrenha. E ultrapassa o período eleitoral. Quem perde é o contribuinte.
• Presidente da Amvat e prefeito de Colinas, Sandro Hermann (PP) confirma a intenção de debater (entre os municípios beneficiados com o futuro repasse do ISS gerado pelas praças de pedágios na região) sobre um percentual de repasse para as cidades de Encantado e Cruzeiro do Sul. Mas ele alerta: há o risco dos prefeitos “doadores” responderem por renúncia de receita.
• A decisão de manter as praças de pedágio em Encantado e Cruzeiro do Sul já desencadeou e vai desencadear novos protestos muito em breve. Nos bastidores, agentes públicos e privados semeiam a ideia de manifestações junto aos pontos de cobrança.
• Presidente da Assembleia Legislativa do RS, Valdeci Oliveira (PT) deve passar pelo Vale do Taquari na próxima quinta-feira. Estará “de passagem”, mesmo. Ele participa de audiência pública na cidade de União da Serra. Mas, agentes da nossa região querem a presença dele no posto de pedágio da EGR, em Encantado.
• Eduardo Leite (PSDB) sofre pressão interna do partido para concorrer à reeleição. Ele garantiu à população gaúcha que não concorreria à reeleição. Em Lajeado, isso não impediu a reeleição de Marcelo Caumo (PP). Mas deixou uma marca e tanto na trajetória política do gestor lajeadense.
• Em Arroio do Meio, um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro começa a articular a criação de uma Comissão Provisória do PL na cidade. Aliás, a venda da famigerada “Cerveja Bolsonaro” tem feito sucesso Brasil afora.