A juíza Carmen Luíza Rosa Constante Barghouti acatou, de forma parcial, as denúncias feitas pelo diretório de Forquetinha do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) relacionadas a irregularidades cometidas pela coligação “Juntos Podemos Mais” (PP e MDB) no pleito de 2020, que reelegeu Paulo José Grunewald ao cargo de prefeito.
A sentença, expedida pela 29ª Zona Eleitoral de Lajeado e publicada nesta segunda-feira (14), apresenta que o candidato se aproveitou do comando do Executivo para contratar servidores com a intenção de vencer a disputa eleitoral. O prefeito e o vice Grasiani Galli não deixam as funções antes do julgamento do recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O despacho judicial cita que Grunewald recontratou servidores para executarem as mesmas funções. Porém, com salários mais elevados. Além disso, praticou nepotismo e abuso de poder econômico e político.
“Contratou um verdadeiro exército de cabos eleitorais que atuaram de forma intensa em favor de sua reeleição, inclusive nas redes sociais, não faltando afirmações no sentido de pagamento para candidatas integrarem as chapas para preenchimento das cotas femininas”, consta no documento.
O advogado do prefeito, Fábio André Gisch, questiona as denúncias por recontratação de CC’s e estagiários, além da elevação de salários com fins eleitoreiros. “É comum durante todos os anos. A lei permite que os CC’s podem ser exonerados e admitidos em qualquer momento e não teve intuito eleitoral e sim administrativo”, defende.
Denúncias descartadas
Na sentença, outras denúncias feitas pela coligação derrotada foram descartadas. As alegações incluíam pagamento de 5% do salário dos CC’s para um “caixa dois”, pagamento de cota para preencher o coeficiente de mulheres candidatas no Legislativo. Grunewald disse que desconhece a chance de deixar o cargo, mas não concedeu entrevista.
Ouça a manifestação de Fábio André Gisch, advogado do prefeito de Forquetinha, Paulo José Grunewald:
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