Quando criança, a arroio-meense Júlia Zimmer, 20, gostava de se apresentar da sacada do apartamento no fim de tarde. Quando os vizinhos saiam do trabalho, ela soltava a voz e a interpretação. Tinha que ter plateia, ela gostava de emocionar as pessoas. Com o gosto pela música e cinema desde pequena, hoje cursa Artes Cênicas no Rio de Janeiro, e estreia a participação em sua primeira série em maio deste ano.
As gravações de “Todas as Garotas em Mim”, da Record TV, iniciaram em janeiro, com roteiro de Stephanie Ribeiro e direção de Rudi Lagemann. Júlia interpreta a personagem Dara na série que é classificada como teen.
No início de 2020, ela também participou do musical “Sou Assim”, pouco antes da pandemia cancelar os eventos culturais. E, no fim do ano passado, fez uma participação na segunda temporada da série Arcanjo Renegado, da Globoplay.
Apoio familiar
Mas o primeiro contato de Júlia com as artes foi pela música. Ela teve uma infância lúdica e, aos 7 anos, já fazia aulas de piano. Depois praticou o canto e o violão e, na adolescência, a interpretação. Júlia costumava se apresentar nos festivais da região, também já fez parte de orquestras e foi vocalista de banda.
Por volta dos 15 anos, começou a fazer aulas particulares de teatro em Lajeado. E, aos 17, escolheu as artes cênicas para seguir como profissão. A família apoiou a ideia e passou a organizar a logística para colocar o sonho de Júlia em prática.
Apesar da vontade de começar os estudos, o processo foi lento e as decisões pensadas com calma entre pai, mãe e filha. Até que em janeiro de 2019, a menina se mudou para a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, ao lado da mãe, que deu o suporte necessário para que a filha tivesse um começo promissor longe de casa.
Acostumada com a cidade pequena do interior, viver em uma grande metrópole exigiu adaptações. “Acho fundamental ter o apoio da família para uma mudança tão grande”, destaca Júlia. Hoje, os três estão ambientados ao solo carioca e os pais refizeram a vida profissional para acompanhar a filha.
“Eles sempre dizem que, independente de onde eu estiver, estaremos sempre juntos e unidos. E isto é algo que me dá uma tranquilidade muito grande, saber que meus maiores fãs são as pessoas que eu mais amo”.
Caminho pelas artes
Júlia estuda na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na época em que fez o vestibular, havia apenas 15 vagas para o curso, disputadas entre jovens de todo o país. A admissão era difícil, mas ela acreditava que se passasse, era porque tinha um propósito para seguir na área.
A notícia veio com a ligação de um amigo e em pouco tempo ela deixou o estado para se aventurar nas telas do cinema brasileiro. “Eu cheguei a prestar vestibular em outra universidade particular. Mas algo me dizia que eu ia passar”, recorda.
Como já havia feito cursos profissionalizantes em agências, também com as aulas direcionadas à TV, já conhecia parte dos bastidores das gravações. Mas ela conta que ver o trabalho em tempo real, foi emocionante.
Com o gosto pela dramaturgia e pela música, Júlia quer seguir atuando. “Eu tenho só 20 anos. Se Deus permitir, quero realizar muitas coisas ainda”, destaca. Estar entre os rostos conhecidos do cinema é um dos planos da menina, que busca, acima de tudo, ser feliz na profissão.
