A ligação que pode impedir o conflito entre Rússia e Ucrânia

Conflito Internacional

A ligação que pode impedir o conflito entre Rússia e Ucrânia

Conversa entre os presidentes dos EUA e da Rússia, Joe Biden e Vladimir Putin, busca solucionar impasse na região

A ligação que pode impedir o conflito entre Rússia e Ucrânia
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante encontro com presidente da França, Emmanuel Macron, em Moscou (Foto: Thibault Camus/Pool via REUTERS)

Um telefonema neste sábado (12) pode sacramentar ou não uma nova guerra. Essa é a atmosfera que cerca a conversa entre os presidentes dos EUA e da Rússia, Joe Biden e Vladimir Putin. O tema, segundo agências internacionais, será a escalada da crise na Ucrânia.

De acordo com o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, um ataque russo à Ucrânia pode começar a qualquer momento. As autoridades acreditam que a crise pode estar chegando a um ponto crítico, com o endurecimento da retórica de Moscou, seis navios de guerra russos chegando ao Mar Negro e mais equipamentos militares russos chegando à Belarus

Os líderes de Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Polônia e Romênia, além dos chefes da Otan e da União Europeia (UE) – e dos EUA, é claro – prometeram sanções “rápidas e severas” se Moscou invadir a Ucrânia, segundo informou no Twitter o porta-voz do chanceler alemão, Olaf Scholz. “Todos os esforços diplomáticos buscam persuadir a Rússia a ir para a desescalada. O objetivo é impedir uma guerra na Europa”, acrescentou.

O porquê do risco de conflito

As tensões entre a Rússia e a Ucrânia dispararam alarmes em todo o mundo diante da possibilidade cada vez mais real de uma guerra entre esses dois países. Os temores foram alimentados pelos mais de 100 mil soldados russos posicionados ao longo da fronteira ucraniana e por uma série de demandas apresentadas por Moscou em meados de dezembro.

Entre estes pontos demandados pela Rússia, estão o compromisso de que a Ucrânia nunca se junte à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), limitações às tropas e armas que podem ser implantadas nos países que aderiram a essa aliança após a queda da União Soviética (URSS) e a retirada da infraestrutura militar instalada nos estados do Leste Europeu após 1997.

Além disso, segundo George Friedman, da Geopolitical Futures, o território da Ucrânia serviu como “zona tampão” para Moscou desde a época da invasão napoleônica de 1812. “Se a Ucrânia cair nas mãos da OTAN, Moscou estaria a apenas 640 quilômetros deles. Foi a Ucrânia que salvou os russos de Napoleão. Portanto, se trata de uma zona de segurança que eles querem manter”, ressalta.


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