Filmes de terror são também excelentes metáforas sobre medos contemporâneos. Não é à toa que, na década de 50, o Japão, após ser atacado por bombas atômicas, nos apresentou Godzilla, um monstro nuclear; ou, na década de 80, no auge da epidemia de drogas e da AIDS, Hollywood nos dar os filmes slashers moralistas, em que apenas quem não tinha relações sexuais sobrevivia. Faz parte do gênero esse retrato do tempo. E “Exorcismo Sagrado”, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, é mais um exemplo disso.
“Exorcismo Sagrado” conta a história do padre Peter Williams, que ao ser possuído durante um ritual de exorcismo acaba cometendo um terrível sacrilégio. Dezoito anos depois, as consequências de seu pecado voltam para assombrá-lo e acabam desencadeando uma batalha ainda maior entre o bem e o mal.
Pode parecer comum. Contudo, a proposta do diretor venezuelano Alejandro Hidalgo vai além de entregar sustos numa narrativa que faz referências a clássicos como “O Exorcista” e até “Invocação do Mal”. A ideia do diretor é apontar para outro mal: a corrupção dentro do Vaticano.
A trama envolve o exorcismo de uma jovem, o sacrilégio de um padre e a Igreja que oculta seus erros. A metáfora fica clara, tenho certeza. “Exorcismo Sagrado” está em cartaz em Lajeado no Shopping Lajeado, em quatro horários: 14h50, 17h, 19h10 e 21h20.
Assista ao trailer:
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Ouça a edição desta quinta-feira (10):