Com a confissão do padrasto, a polícia apura a conduta da mãe no caso do menino de três anos que morreu ao ser agredido pelo homem de 25 anos em Taquari, no dia 03 de fevereiro. A investigação ganhou novos rumos depois que a perícia revelou lesões provocadas antes da data em que aconteceu a morte.
A investigação é coordenada interinamente pelo delegado Dinarte Marshall, que responde pela Delegacia de Polícia (DP) de Taquari. Segundo Marshall, serão ouvidos familiares, a mãe e uma babá com quem o menino ficou por alguns dias. O resultado final da perícia ainda é aguardado, mas uma análise preliminar forneceu informações importantes para a investigação. “Havia muitas marcas de agressões anteriores as da data do óbito. Ou seja a criança vinha sendo agredida. O perito me relatou que eram várias marcas, inclusive nas pernas ele tinha marcas de quem tinha apanhado com algum objeto”, confirma.
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A criança passou a ficar sob os cuidados do padrasto poucos dias antes de ser morta. Até então a responsabilidade pelos cuidados era de uma babá. A polícia quer apurar os motivos da mudança na rotina. Caso a mãe soubesse das agressões e agiu para encobrir as ações do companheiro, ela pode responder até mesmo pelo homicídio. Outra possibilidade é o indiciamento por negligência.
O caso
O menino de três anos chegou sem vida ao Hospital São José de Taquari. Ele foi socorrido pela mãe que encontrou a criança lesionada ao chegar em casa. O suspeito fugiu, mas foi preso na casa de familiares e confessou o crime.