A entrevista do representante da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) ao programa Frente e Verso é preocupante. Nessa sexta-feira, Alexandre Jung, diretor da Gerência de Energia da agência reguladora responsável pela fiscalização do contrato de concessão da RGE, apresentou números e informações que deixaram os líderes regionais ainda mais encasquetados com a situação do Vale do Taquari.
Além do baixo efetivo da agência que, segundo ele é de apenas quatro servidores para fiscalizar 20 concessionárias do setor, a vultosa multa aplicada (e propagandeada) há quase três anos ainda não foi paga pela concessionária. Em 2020, a Agergs multou a RGE em R$ 36,5 milhões. Entretanto, a empresa recorreu e o processo segue tramitando na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). E a multa original era ainda maior: R$ 40,1 milhões.
A punição foi resultado de uma análise dos serviços prestados entre 2014 e 2019. Em nota técnica da própria Aneel, foi contatado que a RGE vinha “descumprindo do indicador DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – indica o número de horas em média que um consumidor fica sem energia elétrica durante um período, geralmente mensal). Diante do quadro, a agência nacional exigiu uma fiscalização mais rígida por parte da agência gaúcha.
Na área de atuação em Lajeado, por exemplo, a concessionária violou em 13% o limite previsto no indicador que mede o tempo aceitável de interrupção em um ano. E isso está em desacordo com o contrato. É claro que a empresa também realizou (e realiza) importantes investimentos na região. Mas as dificuldades apontadas pela agência para realizar uma fiscalização mais rígida é um dos fatores que precisa ser melhor debatido. Afinal, nada é por acaso nesta vida.
CCR x EGR
A apresentação dos investimentos previstos pela CCR Viasul impressionou empresários e líderes regionais. Desde a construção do traçado original da nossa estimada BR-386, ainda na longínqua década de 70, não se via tamanha modificação e modernização da rodovia federal, a principal via de escoamento de toda a produção do Vale do Taquari. Os detalhes estão na edição de hoje do Jornal A Hora. E o contraste com a quase completa falta de investimentos volumosos por parte da EGR é inevitável. A discrepância entre o serviço público e o privado, neste caso, é gritante. É uma derradeira ofensa ao pagador de impostos.
Mesa nova. E diversificada
A Assembleia Legislativa divulgou a nova formação da Mesa Diretora para 2022. O atual presidente, Gabriel Souza (MDB), ficará com o cargo de 2° secretário, e quem assume a presidência é o petista Valdeci Oliveira (foto), ex-prefeito de Santa Maria e ex-deputado federal.
Já o 1º vice-presidente será o tradicionalista, músico e também deputado estadual, Luiz Marenco, do PDT. A composição da mesa, que será empossada na tarde desta segunda-feira, também prevê representantes do PP, PTB, PSDB, PSB, PL e Republicanos. Em entrevista ao Frente e Verso, na sexta-feira, o futuro presidente garantiu uma gestão moderada e de muito diálogo. E que assim seja!
Azul Como o Céu
A ONG Azul Como o Céu segue vendendo a rifa criada para angariar recursos às famílias assistidas pela entidade, que luta para garantir melhores condições de vida e acessibilidade para pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista), especialmente as crianças. O sorteio ocorre no dia 26 de fevereiro e o contato para compra (ou para auxiliar de qualquer outra forma) é pelo Whatsapp 51 998474740. O custo é de apenas R$ 5. E os benefícios para quem necessita são incalculáveis.
• O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, segue pressionado a aceitar o desafio de concorrer a deputado estadual pelo PP. Questionado por este colunista, na manhã de quarta-feira, dia 26, ele apenas sorriu. Mas não respondeu. Nos corredores da prefeitura, e nos grupos e conversas de Whatsapp (ou nos bares da vida), o chefe do Executivo lajeadense é visto como a “bola da vez”. Desde que ele concorra em 2022. E não depois.
• Até o fim da tarde de ontem, o Hospital Bruno Born (HBB) registrava dois pacientes com covid-19 na UTI, e outros 12 pacientes em alas clínicas e de observação com a doença ou com suspeita.
• Entre os pacientes internados no HBB, dois possuem entre 0 e 9 anos de idade; dois possuem de 10 a 19; dois entre 20 e 29; um entre 30 e 39; dois entre 50 e 69; e seis possuem entre 70 e mais de 80 anos de idade. Ou seja, a média de idade é de 52 anos. E a predominância (60%) é de mulheres.
• O setor cultural e de turismo em Estrela acerta em cheio ao apostar em um festival de balonismo. Sem dúvida, é um evento que ficará marcado na história do Vale do Taquari. E quem já acompanhou momentos semelhantes em outras cidades sabe bem disto.
• Praticamente todos os municípios lindeiros ao Rio taquari investem (ou planejam investir) em melhorias da orla ou pontos para balneários. Os gestores enfim acordaram para o potencial turístico e de lazer. E isso pode trazer consequências boas e ruins, é claro. E caberá a cada cidadão entender que a sustentabilidade depende do gesto de cada um.