O projeto para a construção ou compra de uma sede própria para o poder legislativo de Lajeado se tornou uma verdadeira novela. O enredo se arrasta por mais de uma década e é difícil acreditar em um ponto final, mesmo com os recentes avanços na negociação envolvendo o histórico prédio da Associação dos Caixeiros Viajantes do Alto Taquari, a nossa estimada Acvat. A inevitável pergunta é: qual será o próximo capítulo?
A falta de consenso por parte dos parlamentares se tornou a regra. E as cifras são sempre milionárias. Em um passado nem tão distante, o assunto foi parar na mesa da juíza. Foi em 2017. A proposta era comprar dois andares do Genes Work & Shop. Entretanto, o judiciário entendeu que havia forte discrepância entre a avaliação da Comissão de Imóveis da prefeitura (R$ 1,6 milhão) e a oferta apresentada pelo Poder Legislativo para concretizar a negociação (R$ 3,4 milhões). Diante dos fatos, ela mandou suspender a votação de seis projetos de lei que, juntos, configurariam o negócio.
Em anos anteriores, e sob a batuta dos mais variados presidentes e partidos, foram diversas as propostas. Em 2009, e por meio de uma pequena audiência pública realizada no plenário, a comunidade debateu a própria compra de alguns andares da sede atual (no Genes), mas também a aquisição do antigo prédio do Correios e Telégrafos, na área central da cidade, e ainda a possível construção sobre o terreno da Praça Mário Lampert ou em um terreno oferecido pelo Lions Clube.
Em 2013, mais um derradeiro capítulo resultou em absolutamente nada. A Câmara de Vereadores aprovou resolução que institui uma instigante Comissão Especial para acompanhar e analisar a aquisição e construção da sede própria do Legislativo. O grupo foi formado pelos vereadores Heitor Hoppe (PP), Sérgio Kniphoff (PT), Carlos Ranzi (PMDB), Waldir Gisch (PP), Delmar Portz (PSDB), Ernani Teixeira (PDT), Djalmo da Rosa (PMDB) e Sérgio Rambo (PT). E nada saiu do papel, reforço.
Cinco anos mais tarde, e um novo e singular capítulo desta quase entediante novela. A Câmara de Vereadores premiou um estudante de Arquitetura da Univates que desenvolveu, por meio de um concurso, um projeto acadêmico para a construção da nova sede no terreno da antiga Praça Mario Lampert. O trabalho previa um prédio com quatro andares, plenário para 250 pessoas com uma “fachada translúcida”, gabinetes, salas e tudo mais. Um projeto e tanto, diga-se de passagem. Mas que nunca saiu do papel.
O prédio do antigo “Cinema Alvorada” também foi sondado em anos anteriores, assim como o terreno localizado nos fundos da Secretaria de Educação, defronte a Praça da Matriz. Ou seja, e para dar cabo a este artigo, ideias não faltam. Com preços baixos ou eventualmente superestimados, as propostas já foram debatidas a esmo pelas mais diferentes conjunturas do plenário lajeadense, com participação da sociedade e também do judiciário. E, até o presente momento, nenhum presidente teve determinação (ou vontade) suficiente para selar o negócio.
Intervenções no “Valão”
A construção de uma “pista pública poliesportiva do tipo Skatepartk” não contemplará diretamente o Parque Ney Arruda. Após conversas com a empresa responsável pelo projeto (a Skate Spot Construções), o Executivo de Lajeado optou por mudar o endereço da inovadora estrutura. A ideia é construir o espaço junto ao antigo (e surrado) campinho localizado na área entre a Av. Décio Martins Costa e as ruas Bento Rosa e Capitão Leopoldo Heineck, em frente ao estacionamento público. Será o primeiro de uma série de intervenções ao longo da “Avenida do Valão”. Além da pista, estão previstas quadras de esporte, campos e outros aparelhos esportivos.
Tradição mantida
A tradição do Terno de Reis tem origem na religião católica, mas também é uma ação cultural. Ontem, dia 6 de janeiro, foi a data oficial para celebrar o “Dia dos Reis Magos”. É uma tradição que ainda persiste em diversas localidades do Rio Grande do Sul. Em Lajeado, por exemplo, diversos grupos formados por diferentes atores da sociedade têm feito a alegria dos lajeadenses. As visitas persistem durante a semana. E que assim seja. Por muitos e muitos anos.
• A Uber vai encerrar as operações de entrega de comida de restaurantes Uber Eats no Brasil. A empresa cita “mudança de estratégia”. Para alguns articulistas, porém, a decisão está ligada ao projeto de lei (sancionado) que obriga as empresas de delivery a pagar auxílios aos entregadores em casos de acidentes durante o trabalho e de contaminação por covid-19;
• Principal cidade do Vale do Taquari, Lajeado também cobra o uso ainda mais racional da água por parte de cada cidadão. E é nosso dever atuar desta forma.
• Na assembleia gaúcha, o deputado Issur Koch (PP) cobrou novamente providências da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para que notifique a concessionária da BR-101 (CCR Via Sul) quanto à necessidade urgente de obras que “coibam o arremesso de pedras na Freeway”.
• Viralizou. O vídeo de um passageiro de um cruzeiro que, mesmo vacinado e com teste negativo de PCR foi obrigado a ficar isolado no navio, é o retrato perfeito do alvoraçado combate à covid-19.
• Menos mal. A Mesa Diretora da Assembleia gaúcha revogou o pomposo aumento de 117% do valor da cota parlamentar dos gabinetes. Passaria de R$ 14,8 mil para R$ 32,2 mil. Essa não passou. E as próximas?