Retrospectiva  e expectativas

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Retrospectiva e expectativas

Vale do Taquari

O ano foi duro. Os meses de março e abril serão lembrados para sempre na memória dos brasileiros. Mesmo com o avanço da vacinação naquele período, o número de mortes foi ainda mais assustador. O Hospital Bruno Born, por exemplo, registrou o maior volume de óbitos em um mesmo dia em toda a sua história de 90 anos. Definitivamente, a nossa geração foi testada ao extremo em 2021. Ora chorando a perda de entes ou amigos queridos, ora enfrentando os inevitáveis riscos para seguir em frente e manter a roda (e a vida) girando. E o que virá em 2022?

Com o avanço dos programas de vacinação, a tendência é de um ano com um risco de letalidade muito menor. Mas a pandemia persistirá durante os 12 meses de 2022. Ora de forma mais branda, ora com polêmicas e debates acalorados. E entre os principais embates sanitários previstos para o ano que se inicia neste sábado, certamente o “certificado vacinal” será o mais antagônico. Nessa quinta-feira, por exemplo, o Ministério da Educação (MEC) determinou que as instituições federais de ensino não podem cobrar vacina contra a Covid para restabelecer a volta das aulas presenciais.

Em vez de cobrar a vacina, cita o MEC, as instituições devem aplicar os protocolos sanitários determinados em resolução do Conselho Nacional de Educação para evitar o contágio. Ou seja, é manter o que já é feito em praticamente todo o solo nacional. Entretanto, o decreto não se estende às escolas estaduais e municipais, e tampouco às instituições privadas de ensino. Nestes espaços, as regras ainda serão debatidas entre os entes responsáveis, com pressão de sindicatos, patronais, sociedade civil, políticos, imprensa e afins. Com muito pano para a manga.

O ano também será bastante acalorado no âmbito político. A eleição geral de outubro já mexe com os brios e expectativas de milhões de brasileiros. Afinal, quem apostaria em um provável embate entre Lula, Jair Bolsonaro e Sérgio Moro? E não é diferente no Vale do Taquari. Por aqui, os mais diferentes partidos políticos já estão ajeitando os tabuleiros para melhor aproveitar o maior show da democracia. Haverá candidatos paraquedistas, é claro, mas o grande debate precisa girar em torno das candidaturas locais e com chances de vitória. E isso ainda não é consenso entre os caciques.

Será um ano de novos e velhos debates. Um ano de testes, desafios, perdas e vitórias. Que estejamos todos prontos e resilientes para encarar o que vem pela frente. Sorte a todos!


A Escolinha do Professor Forneck

Em Teutônia, o prefeito Celso Forneck (PDT) criou o hábito de se reunir com vereadores um dia antes de cada sessão plenária. Hélio Brandão (PTB) e Claudiomir de Souza (PSL) não participam. O encontro, segundo Forneck, visa o debate sobre os projetos de lei protocolados na câmara. Uma iniciativa louvável, diga-se de passagem. No entanto, as más línguas não perdoam. De acordo com o próprio chefe do Executivo, alguns opositores chamam a reunião de “Escolinha do Professor Forneck”, em uma alusão ao programa humorístico comandado pelo saudoso Chico Anysio.


Cicloturismo

Prefeito de Colinas e Presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Sandro Herrmann (PP) informa que um novo projeto para a ciclovia intermunicipal será apresentado ao governo estadual na semana que vem. A proposta original previa um investimento de R$ 6 milhões para um trecho de 37 quilômetros entre Estrela, Colinas e Imigrante. No entanto, o orçamento será reajustado e, por ora, não há informações concretas sobre os novos custos previstos.


Iluminação inteligente

O governo de Lajeado dá andamento à habilitação de empresas interessadas na parceria público-privada para a “Iluminação Inteligente”. O prazo para inscrição venceu faz poucos dias. Após novas análises, Kappex Assessoria e Participações e o “consórcio” das empresas ENEL X/Radar PPP apresentaram todos os documentos relacionados e atenderam aos requisitos previstos no instrumento convocatório. Já a empresa G.E. Engenharia não atendeu a todos os critérios solicitados pelo Executivo. O próximo passo é apresentar os estudos que devem balizar o processo licitatório.


Ex-secretário assume

Ex-vereador e ex-secretário em Lajeado, Círio Schneider volta ao cenário político nos próximos dias. O prefeito Marcelo Caumo (PP) designou o servidor para exercer o cargo de Secretário de Obras e Serviços Urbanos em substituição ao titular, Fabiano Bergmann, o “Medonho”, que estará em férias até o dia 10 de janeiro. E a medida gerou mal-estar na prefeitura. Ocorre que o prefeito avisou, ainda na campanha de 2016, que não indicaria ex-secretários para tais funções.


• A nova visita do governado Eduardo Leite (PSDB) está agendada para o dia 4 de janeiro, em Estrela. A previsão é anunciar novidades do programa Avançar Saúde. E a programação prevê visitas ao Parque Princesa do Vale e ao Hospital Estrela.

• Chefe do CRPO do Vale do Taquari, João Aílton Iaruchewski foi promovido ao posto de Coronel da Brigada Militar.

• Em 11 meses de 2021, o Departamento de Trânsito de Lajeado aplicou R$ 623 mil em multas de trânsito. E o número é ínfimo se comparado ao número de infrações que não são flagradas no dia a dia, ou que são deixadas de lado em função do conclamado “bom senso”.

• A recente pesquisa do Instituto Atlas também apontou projeções para um eventual segundo turno com o candidato Edegar Pretto (PT). O petista venceria Alceu Moreira (MDB) com ampla vantagem. Entretanto, ele perderia em um eventual confronto com Onyx Lorenzoni (PL) e também na simulação contra Luís Carlos Heinze (PP).

• A mesma pesquisa mostrou que, no primeiro turno, e sem a presença do petista na simulação, Manuela D´Ávila (PC do B) estaria à frente de Onyx, Heinze, Pedro Ruas (PSOL), Ranolfo Jr (PSDB) e Alceu Moreira (MDB).

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