2021 e 2022,  frente a frente

Opinião

Ardêmio Heineck

Ardêmio Heineck

Empresário e consultor

Assuntos e temas do cotidiano

2021 e 2022, frente a frente

Arroio do Meio

Esta, a última edição do jornal, deste ano. Bom chegarmos até aqui: eu, com o prazer de desenvolver este texto e você, o de ler o A Hora. São importantes detalhes que passam desapercebidos, porém, elementos relevantes da nossa existência e do convívio com os demais.

Particularmente prefiro um certo recolhimento às “retrospectivas” de final de ano. Feliz e agradecendo a Deus por estar ali, junto aos meus, compartilhando mensagens de “feliz ano novo” com amigos, em ambiente que permite, de lampejos em lampejos, em meio a abraços e risadas, relembrar o que foi o ano que termina. Ao mesmo tempo, quase numa prece silenciosa, trabalho a interrogação do que reservará a nova jornada de 365 dias e se a concluiremos. A sensação que tenho é análoga ao início das tantas partidas de basquete que joguei: estou preparado, mas na expectativa do que será o jogo e de qual o resultado final.

Este ano e 2020 trouxeram complicadores novos. No bojo da pandemia transpareceram, paulatinamente, forças poderosas – políticas e econômicas –, na mão de poucos, acelerando ações rumo a um domínio mundial. De entremeio, como seu instrumento de dominação, grandes redes da mídia (recompensadas para tal?) já não informam fielmente a população, como seria sua obrigação e buscam manietá-la nas direções que convém àquela minoria. Não é teoria da conspiração, mas a realidade a ser vista.

Felizmente vivemos num país com os ingredientes (democracia, povo, recursos naturais, capital, tecnologia, desenvolvimento e governo) para constituir-se num fortim de resistência, não bélica, porém de convicções e de preservação dos nossos valores.

Ao adentrar 2022, o confrontarei com 2021, tirando lições para otimizar opções e ações no novo ano. Neste sentido, com os tradicionais desejos para que tudo de bom aconteça, a racionalidade. Por exemplo:

a) nas questões regionais, que já em janeiro se alinhe, com o Estado, programa de concessão de rodovias condizente com nossas premências logísticas de longo prazo. Ainda neste campo, se busque dar concretude à central logística privada, junto ao Porto de Estrela. Já na política, termos deputados egressos do Vale do Taquari;

b) na saúde, que seja diferente do início de 2021, assustados com a segunda onda covid e política de bandeiras e lockdowns discutíveis. Adicionalmente, massacrados por notícias apavorantes, contumazes e irreais. Que voltemos a atentar todas as enfermidades e segmentos, convivendo com a pandemia com realidade e responsabilidade;

c) na imprensa, valorizemos as mídias regionais, fiéis ao dever da boa informação;

d) na economia, sou dos economistas contrários ao combate da inflação com o aumento dos juros. Somado à carência de insumos e produtos (por isto com preços majorados), alimenta inflação de custos. Baixe-se a taxa Selic logo, em 2022, permitindo às forças produtivas expandir o PIB e viabilizar a reposição das perdas salariais decorrentes do repique da inflação de 2021, já dominado. Todos os indicadores, de 2021 para 2022, têm viés positivo;

e) na política, o ano será decisivo. Os brasileiros dirão qual o futuro que querem: da continuidade da democracia, com desenvolvimento e recuperação do nosso atraso em diversas áreas, alçando o Brasil ao papel de protagonista no contexto mundial, ou, de um mero coadjuvante, sendo mais um povo espoliado pela minoria que busca o domínio global.

Ora, dirás, sou apenas mais um dentre milhões e minha opção não fará diferença. Pior que fará. Podemos e devemos ser agentes em todos os campos elencados acima. Somando-nos na corrente positiva, constituiremos um tsunami irresistível de brasilidade e de muitas viradas de ano entre abraços, sorrisos e bem-estar.

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