Começar 2022 com o pé direito nas finanças é o desejo de todos as famílias. Contudo, a virada de ano traz consigo gastos obrigatórios que impactam no bolso e podem causar desequilíbrio nas contas pessoais caso não haja um planejamento adequado.
São custos como os impostos sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) e Predial Territorial Urbano (IPTU), os materiais escolares e as faturas de cartões de crédito. Até mesmo as férias podem se tornar uma dor de cabeça do ponto de vista financeiro.
A primeira dica para ter um melhor controle dos gastos, segundo a economista e professora Fernanda Sindelar, é ter uma educação financeira. Para isso, é fundamental a conversa entre os membros da família. A partir disso, é possível fazer um planejamento.
“Antes de sair gastando sem controle, as pessoas devem se sentar em casa e planejar. Ver quanto tem a disposição, a previsão de recebimentos em janeiro, fevereiro, março, e quais os valores a serem desembolsados”, explica.
Esta organização, ressalta Fernanda, deve levar em consideração a realidade financeira das famílias. “É importante avaliar isso, pois as pessoas que excedem os gastos agora podem levar até metade do ano ou mais para se restabelecer. O planejamento é mais crucial do que nunca neste momento. É preciso sentar e refletir muito bem sobre receitas, ganhos e despesas”.
Aproveitar os descontos
Os impostos obrigatórios, como o IPVA e o IPTU possuem condições mais vantajosas de pagamentos aos contribuintes. Por isso, Fernanda alerta que é necessária atenção aos descontos oferecidos pelo Estado e municípios.
Os parcelamentos também podem ser saídas alternativas. “Tem que fazer parcelas que caibam no orçamento. Todos nós parcelamos alguma compra. Mas, até quitar as parcelas, é preciso deixar de fazer algumas coisas. São escolhas do dia a dia que temos de abrir mão”.
Gastos nas férias
Os meses de janeiro e fevereiro são convidativos para curtir as férias no litoral. Praias gaúchas e catarinenses são os destinos favoritos de parte das famílias da região. Mas é importante haver um controle neste período de viagens.
“Muitos acabam viajando, gastam excessivamente e depois não sabem como pagar a conta. As férias são necessárias para recarregar as energias. O ideal é sair para viajar sabendo o quanto pode gastar, se é R$ 100 por dia, ou R$ 200”.
Pandemia e inflação
Há, ainda, duas situações a serem observadas na hora de um planejamento financeiro, segundo Fernanda. Uma delas é a pandemia de covid-19, que ainda está longe do fim. A chegada da variante Omnicron ao país preocupa e há o temor por novas restrições.
Outro fator é a inflação, que segue em alta e afeta diretamente o bolso do contribuinte. “Para corrigir a inflação, o governo vai seguir a tendência da elevação da taxa de juros. E não dá para ter expectativas de que os juros vão baixar. Sejam eles do cartão, do cheque especial ou do empréstimo pessoal”.