O Partido dos Trabalhadores está retomando parte do protagonismo perdido a partir do segundo mandato de Dilma Rousseff à frente da nação. A sigla foi duramente criminalizada durante o período de glórias da Operação Lava-Jato, ao tempo em que outras tantas (que tiveram tantos ou mais agentes envolvidos) passaram incólumes pelo crivo do eleitor mais conservador. No fundo, e isso todos sabem, uma verdadeira guerra ideológica ressurgiu no país a partir de 2013. E a grande questão é: a polarização ainda terá combustível suficiente para o pleito de 2022?
Para o PT, a recente polarização foi danosa. Extremamente danosa. Não por menos, o discurso (ou a postura) do principal nome da Esquerda nacional segue astutamente ameno. Não por menos, Luiz Inácio Lula da Silva flerta com Geraldo Alckmin e ignora (assim como parece ignorar as decisões judiciais, o cárcere privado, a perda dos entes durante o duro período e tantas outras mágoas) as declarações grosseiras do ex-tucano, proferidas em um passado nem tão distante. Lula sabe que o retorno do PT ao cenário nacional dependerá do nível de conflitos e antagonismos.
Por ora, as pesquisas demonstram que a polarização de 2018 perdeu força e, com isso, o PT volta a figurar como forte candidato no pleito nacional de 2022. Pesquisas chegam a cravar uma vitória de Lula já no primeiro turno. Em âmbito estadual, Edegar Pretto (PT) surge à frente na primeira pesquisa eleitoral do Instituto Atlas. Aqui no Vale, o partido também está melhor articulado. Maneco tem chances de ir à Assembleia, e a Avat passa a ser presidida pelo vereador de Taquari, Leandro Mariante. E isso tem gerado forte desconforto nas alas mais radicais da Direita, é claro.
Futuro da Amvat
A passagem de bastão na presidência da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) foi pra lá de cordial. Paulo Kohlrausch (MDB), prefeito de Santa Clara do Sul e duas vezes presidente da entidade, passou a responsabilidade para o “novato” Sandro Hermann (PP), prefeito de Colinas e que terá a responsabilidade de representar o município pela primeira vez à frente da Amvat. E o turismo certamente estará na pauta.
Deolí Gräff assume a câmara
A câmara de vereadores de Lajeado escolheu a nova Mesa Diretora para o exercício de 2022. Deolí Gräff (PP) é o novo presidente da principal casa legislativa do Vale do Taquari. Jornalista com passagem pelo Grupo A Hora e líder comunitário na cidade, ele terá ao lado a Vice-Presidente, Paula Thomas (PSDB), e o Secretário, Alex Schmitt (PP). Todos estão em primeiro mandato e venceram a chapa de oposição, liderada pelo vereador do MDB, Ederson Spohr.
13º dos vereadores
No passado, o assunto já deu o que falar nos bastidores da política municipal. E o debate precisa persistir. De acordo com informações do contador da câmara de Lajeado, apenas quatro vereadores encaminharam solicitações (por email ou por escrito) para abrir mão do 13º salário. São eles: Alex Schmitt (PP), Heitor Hoppe (PP), Paula Thomas (PSDB) e Sérgio Kniphoff (PT). Sendo assim, o Legislativo lajeadense gastou cerca de R$ 85 mil com o salário extra dos 11 parlamentares que não abriram mão do benefício em 2021.
Guarda Municipal em Lajeado
O assunto sobre a criação da Guarda Municipal de Lajeado deve ser pauta constante do governo a partir da semana que vem. Em função da pandemia e dos repasses de recursos federais, a legislação impede a criação desses novos cargos até o fim de 2021. A partir de 1º de janeiro de 2022, portanto, o debate será retomado pelo setor de segurança pública, principalmente. A ideia, que chegou a ser enviada para a câmara de vereadores
• O proprietário do prédio da Acvat, em Lajeado, deu aval para a permuta com o Executivo. O imóvel tem 3 mil metros quadrados e está avaliado em R$ 5,2 milhões. A ideia é trocar o imóvel pelo terreno (com edificação) na esquina da Rua João Abott com a Saldanha Marinho, além de uma compensação de R$ 1,4 milhão por parte do município. Posteriormente, um projeto de lei deve ser encaminhado ao Legislativo, em 2022, para sugerir a instalação da Câmara de Vereadores no local. A negociação foi intermediada pelo vereador e engenheiro, Isidoro Fornari.
• O nome do futuro Secretário de Desenvolvimento e Inovação de Estrela (Sedis) ainda é um mistério na cidade. Por ora, o vice-prefeito assume. E tem muito CC de olho na vaga.
• Prefeito de Lajeado e um dos principais cotados para concorrer à Assembleia, Marcelo Caumo (PP) se ausentou novamente da reunião da Amvat. Ele estava em Xangri-lá.
• A Câmara de Estrela realizou 50 encontros em 2021. Foram 48 sessões ordinárias (uma dessas na abertura da Multifeira), uma sessão solene, e um sessão extraordinária na semana do carnaval. No período, foram avaliados 150 projetos do Executivo, outros 60 com origem no Legislativo, e mais de 480 Pedidos de Providências, 17 Pedidos de Informação e mais de 200 Indicações.
• Atração nacional do Natal de Estrela, o Padre Alessandro Campos aproveitou a estadia na cidade para um jantar regado a boa gastronomia na casa do prefeito, Elmar Schneider. A confraternização foi longa e contou com a presença do staff da banda e assessores do gestor municipal. As fotos foram publicadas nas redes sociais do artista.