Em 1998 eu escrevia uma coluna regular no Jornal o Alto Taquari de Arroio do Meio e, em dezembro daquele ano, reproduzi um texto que resultou em muito engajamento. Quero trazê-lo aqui também para os meus atuais leitores.
O fato aconteceu em 1897 nos EUA quando uma garotinha de nome Virginia escreveu uma carta para o Jornal The Sun com o seguinte texto: “Caro editor: eu tenho 8 anos de idade. Alguns dos meus amiguinhos dizem que não existe Papai Noel. Meu papai diz: ‘O que o jornal ‘The Sun’ disser é a verdade’. Por favor, diga-me a verdade: existe Papai Noel?” A resposta foi escrita pelo editor Church e publicada pelo jornal como um editorial, no dia 21 de setembro de 1897. Diz assim a resposta que reescrevo parcialmente:
“VIRGINIA, seus amiguinhos estão errados. Eles foram afetados pelo ceticismo de uma era cética. Eles não acreditam em nada que não possam ver. Se algo não é compreendido por suas pequenas mentes, eles pensam que aquilo não existe. Todas as mentes, Virginia, tanto as de crianças quanto as de adultos, são pequenas. Neste nosso imenso universo, o homem é um mero inseto, uma formiguinha, se comparado com o mundo sem fronteiras que existe ao seu redor, se pensarmos em sua inteligência e capacidade de compreender a verdade.
Sim, VIRGINIA, Papai Noel existe. Ele existe da mesma forma que o amor e a generosidade existem, e você sabe que essas coisas abundam e dão à sua vida maior beleza e alegria. Como seria terrível o mundo se não houvesse Papai Noel. Seria tão terrível quanto se não houvesse VIRGINIAS. Não existiria a fé das crianças, nem poesia ou romance para deixar nossa existência tolerável.
Você pode quebrar o chocalho de um bebê e ver o que faz o barulho dentro dele, mas existe um véu cobrindo o mundo do invisível. Somente a fé, a poesia, o amor podem abrir essa cortina e vislumbrar a beleza e a glória que estão do outro lado. Graças a Deus o Papai Noel existe, e vai existir para sempre! Daqui a mil anos, Virginia, não, daqui a dez mil anos, ele continuará alegrando o coração das crianças.” Até aqui o editorial do ‘The Sun’.
Eu também acredito piamente em Papai Noel! Eu o tenho visto no espírito de amor e de generosidade que move tantos corações que doam e fazem ações maravilhosas durante este período de Natal, e enche os olhos de lágrimas diante da miséria material e riqueza espiritual das crianças e adultos! Tanto quanto divino, isso é humano – e nos mantém unidos ao divino. FELIZ NATAL! Que em 2022 o espírito de Papai Noel esteja presente todos os dias!
