A câmara de Lajeado surpreendeu na sessão plenária desta semana. Ao aprovar um incentivo fiscal à empresa Florestal Alimentos (com isenção de IPTU por até cinco anos, vigente a partir do término da expansão da planta industrial na cidade), alguns vereadores também aprovaram uma emenda que exige, em contrapartida, a contratação de 20 funcionários indicados pela Secretaria de Desenvolvimento Social “que se encontram em situação de vulnerabilidade”. Em síntese, o Legislativo sugere que o governo municipal, por meio de algum (ou alguns) agente público interfira diretamente na contratação de funcionários por parte da empresa privada. É mole?
Eu reforço. A câmara criou um mecanismo para garantir autonomia ao poder público para indicar quem deve trabalhar na empresa privada. E a emenda, pasmem, é assinada por dois vereadores do PP: Lorival Silveira e Mozart Lopes. Sérgio Kniphoff (PT), é claro, e os emedebistas Vavá e Paulo Schneider também assinam a inovadora matéria. Para eles, o fato da Florestal Alimentos ocupar o 5° lugar na lista das maiores empresas do município, de estar instalada há 85 anos na cidade, gerar uma média de R$ 2,5 milhões de incremento na arrecadação de ICMS de Lajeado e projetar R$ 30 milhões em investimentos e 125 novas vagas de emprego é pouco para justificar o auxílio.
Mais uma chance
Os líderes do Vale do Taquari terão mais uma chance de debater pessoalmente com o governador Eduardo Leite (PSDB) sobre as concessões das rodovias estaduais. Nesta quinta-feira, ele estará em Lajeado e Encantado para inaugurações, assinaturas e visitas cordiais. Na semana passada, alguns agentes públicos e voluntários das nossas prefeituras e entidades quase bateram cabeça no Palácio Piratini, em um claro resultado dos intensos debates realizados dias antes, na sede da ACIL, em Lajeado. Agora, é hora de realinhar as demandas. Caso contrário, estaremos fadados ao insucesso.
Hortas comunitárias
A prática ainda cresce de forma tímida em Lajeado. Mas, e pouco a pouco, o número de hortas comunitárias em terrenos baldios (públicos ou privados) ou mesmo em áreas verdes do município tende a crescer. No bairro Universitário, por exemplo, um grupo de moradores e apreciadores das mais variadas práticas sustentáveis avança com o projeto de desenvolver um espaço lúdico. Da mesma forma, alguns empreendimentos imobiliários também já estão atentos aos novos conceitos. E tomara que outros tantos despertem!
Sensibilidade
No mínimo, faltou sensibilidade entre alguns atores do Governo de Estrela. A exumação de corpos às vésperas do período natalino junto ao Cemitério Municipal de Novo Paraíso foi um golpe no estômago dos familiares. Aliás, a ação gerou indignação entre outros contribuintes com pouca ou nenhuma relação com o espaço em questão. A nota encaminhada pelo poder público, dando conta de que “em 11 de outubro foi publicado Edital de Exumação” é pouco. Fatos de tamanha complexidade e comoção precisam de um acompanhamento mais próximo. Ainda mais se tratando de um número tão baixo de famílias atingidas. No caso, eram apenas 30 exumações.