“Vi que era um mercado em expansão e estudei a fundo”

O meu negócio

“Vi que era um mercado em expansão e estudei a fundo”

CEO da Sollar Sul, Leonardo Porto falou do crescimento da sua empresa no setor da energia solar fotovoltaica. Também contou sua trajetória empreendedora, com passagem pelo ramo de eventos

“Vi que era um mercado em expansão e estudei a fundo”
Vale do Taquari

Desde 2017 de portas abertas, a Sollar Sul se tornou uma potência no mercado de energia solar fotovoltaica. Com clientes espalhados pelo Estado, a empresa se mantém em constante expansão, inaugurou recentemente uma nova e moderna sede no município de Taquari, tem unidades em Charqueadas e Teutônia, e projeta novidades para 2022.

A trajetória ainda curta, mas exitosa da empresa foi levada pelo CEO, Leonardo Porto, em uma conversa com Rogério Wink, na nona edição de “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. O empresário também relembrou sua trajetória profissional, iniciada ainda quando criança.

Natural de Taquari, Porto começou cedo a lutar pela sua independência financeira. Se considera um trabalhador nato. “Não tinha muito o que fazer além de brincar. E, no meu primeiro trabalho, num mercado, havia recompensa. Trabalhava por isso. Mas foi algo que me trouxe muitos valores, como o respeito e o compromisso com o horário”, recorda.

Após sair do estabelecimento, ainda na adolescência, ingressou no ramo de eventos, à convite de um amigo. Neste segmento, trabalhou por diversos anos. Deixou Taquari, foi para Santa Cruz do Sul e, lá, teve a oportunidade de empreender. “Me mudei aos 16 anos. Atuei numa empresa por três anos e, no final daquela história, o proprietário me oportunizou a chance de ser um empreendedor”.

Carinho por Taquari

Quando abriu a Sollar Sul, Porto voltou a residir em Taquari. Embora a cidade esteja, do ponto de vista econômico, abaixo de outros municípios do Vale, tem orgulho das suas origens. “É muito bom viver em Taquari. É uma cidade pequena, mas bem segura. Nasci lá, sou de lá, e vamos levar a Sollar Sul a todo o Brasil, tendo Taquari como nossa referência”, frisa.

Sua mãe, Rejane, é técnica em Enfermagem e muito conhecida na cidade por seu trabalho na área da saúde. E é uma referência para Porto. “Me identifico muito com os valores que ela me deu, como o respeito pelas pessoas e a responsabilidade. Não sou filho de pais ricos, mas o respeito veio de berço”.


Entrevista

“Ter respeito é o principal requisito para trabalhar comigo”

Leonardo Porto • CEO da Sollar Sul

• Rogério Wink – Como foram os primeiros passos de empreendedor?
Leonardo Porto – Quando eu recebi o convite do proprietário tinha duas opções: ficar desempregado ou ser empreendedor com 18 anos. Aceitei o desafio. Nosso foco era filmagem de casamentos e aniversários de 15 anos, mas o que precisasse ser gravado, nós fazíamos. Era uma rotina insana.

• De onde surgiu a ideia de abrir a Sollar Sul?
Leonardo – Quando estava em Santa Cruz, vi que o mercado de lá começava a se voltar a produção de energia solar. Isso pulsava na cidade. Nos meus tempos livres dos eventos, sobretudo nas férias das faculdades, aproveitava para estudar. Conversei com várias pessoas e lugares, e vimos que era um mercado em potencial. Estudei à fundo a legislação, tudo o que tem por trás. E era possível ganhar dinheiro com isso, pois resolve um problema do cliente. Construí a marca e desenvolvi a Sollar.

Quais as dificuldades no início das operações?
Leonardo – Só vende futuro quem tem passado. No momento em que você se aventura num negócio, tem medo de fazer errado e manchar o nome que construiu. Eu tinha medo de vender algo que não acreditava. E quando comprei os primeiros sistemas, tive muitos problemas logísticos. Foi uma novela. Se para comprar era difícil, imagina se estragasse algo.

• E o crescimento, se deu a partir de que momento?
Leonardo – Quando abrimos, trouxe três pessoas para trabalhar comigo: um eletricista conhecido, meu irmão, que sempre trabalhou com serviço de montagem e entende de tudo, e um amigo nosso, que tinha experiência de 30 anos em telhados. O meu irmão é uma pessoa mais crítica do que eu. É chato e detalhista. Mas para esse tipo de produto que vendemos, que é técnico e perigoso, preciso dormir tranquilo sabendo que a casa do cliente não vai pegar fogo. Hoje, temos 1,1 mil usinas funcionando ao mesmo tempo.

• Como é a organização das equipes de trabalho?
Leonardo – Monto as equipes diariamente. Conheço cada funcionário que tenho, principalmente na parte da instalação, que é a ponta mais arriscada. Quando formo a equipe, penso qual a que tem mais capacidade e condições de atender determinada obra. Organizamos diariamente isso conforme a agenda e a necessidade técnica do produto e do teto do cliente.

• O que as pessoas que trabalham com você precisam ter?
Leonardo – Respeito. Esse é o principal requisito para trabalhar comigo. No mundo de hoje, fazer o básico bem feito já é algo extraordinário. E a Sollar Sul tem esse diferencial, que é respeitar o cliente, a casa dele, a opinião dele, os nossos funcionários, o ambiente em que estamos. Fazendo bem feito, você nunca erra.

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