Uma nova alternativa para distribuição de gás natural será implementada em Lajeado. Os primeiros pontos para instalação da estrutura tubular foram abertos na rua João Sebastiany. A empresa prestadora do serviço prevê o término da primeira parte do projeto até março de 2022, em um trecho estimado em seis quilômetros. Ao todo, a obra deve atender de 12 a 13 quilômetros.
O objetivo inicial do gasoduto é atender a empresas e condomínios que utilizam caldeiras. A distribuição nesse formato tem uma central, para onde caminhões levam o gás, que em seguida passa pela tubulação construída. É o chamado projeto estruturante, com rede local que vai ser atendida por gás natural comprimido.
Lajeado buscava essa opção para que as indústrias tivessem a possibilidade de contar com o serviço. A Sulgás fez o estudo em busca de possíveis clientes e encaminhou uma solicitação de autorização para o trabalho nas vias. Após o aceite da administração, uma empresa terceirizada iniciou a abertura dos buracos.
Engenheiro do município, Isidoro Fornari Neto afirma que o processo causa poucos impactos na estrutura das ruas. Nesse momento, o papel do Executivo é acompanhar a reposição do pavimento. “O trabalho é feito com um equipamento especial. Não há necessidade de abertura de valas, para depois uma reposição de pavimento, o que normalmente acarreta em um problema. Esse tipo de sistema adotado favorece muito para que as ruas permaneçam intactas.”
O gasoduto passará pelos bairros Montanha, Santo André, São Cristóvão, Alto do Parque e Hidráulica. Os trabalhos na rua João Sebastiany devem ser concluídos até o dia 22 e seguem para a rua Irmando Romildo Weissheimer.
Sem motivos para preocupação
Por se tratar de uma novidade no município, a obra causa apreensão em muitas pessoas, que questionam a equipe sobre a estrutura do gasoduto. Responsável técnico pela obra, o engenheiro Anderson Smanhoto explica que os requisitos de segurança são elevados, com especificações técnicas para construção dos projetos. A tubulação é feita com polietileno de alta densidade, chamado PEAD, com diâmetro de 125mm.
A possibilidade de explosão é rechaçada pelo engenheiro. Além da composição das linhas, as características do gás distribuído minimizam os riscos. “O gás natural que vai passar aqui é mais leve que o ar, na atmosfera ele evapora. Isso diminui muito o risco de explosão”, explica Smanhoto.
Fornari segue o mesmo raciocínio. “As pessoas não precisam ficar assustadas, apavoradas com o que está acontecendo. É mais seguro do que muitas coisas que temos instaladas na nossas redes”, finaliza.