Mulheres na política

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Mulheres na política

Lajeado

O desfecho em primeira instância do caso das possíveis candidaturas laranjas do PSB de Lajeado precisa ser avaliado de forma global. A presença das mulheres na política ainda é tímida em todas as partes do mundo. Em média, as mulheres detêm 25% das cadeiras nas duas principais casas legislativas das nações (câmara federal e senado). Já na Câmara de Lajeado, por exemplo, a média é muito menor. Hoje, as únicas vozes femininas no plenário da principal cidade do Vale do Taquari vêm das vereadoras Ana da Apama (MDB) e Paula Thomas.

A regra que determina um índice mínimo de candidatas mulheres (ou outros gêneros) foi criada para, em tese, diminuir essa disparidade entre homens e mulheres na política. A norma iniciou em 1997, mas determinava apenas uma “reserva” de vagas. Ou seja, não havia a obrigatoriedade de atingir tal meta. A partir de 2009, porém, a tal reserva passou a ser uma obrigação das siglas e coligações (o texto prevê que cada partido preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidatos de cada sexo).

Com a nova regra, a expectativa era de um aumento significativo no número de mulheres nos parlamentos. Entretanto, a realidade é bem diferente. Apesar de uma leve melhora na participação feminina, os índices seguem abaixo da média mundial, e muito abaixo da média de homens na vida pública. Aliás, nos pleitos posteriores à nova norma, o Brasil registrou uma queda no número de votos para as candidatas mulheres. Da mesma forma, e não por menos, as principais cúpulas partidárias seguem chefiadas, em sua imensa maioria, por homens.

O fenômeno das eventuais candidaturas laranjas é um processo que iniciou imediatamente após a efetivação da nova regra. Em todos os cantos do Brasil. No pleito de 2020, por exemplo, mais de cinco mil candidatos finalizaram as eleições sem um voto sequer. Deste montante de candidaturas suspeitas, as mulheres representaram mais de 65%. E elas representavam apenas 33% do total de candidatos. O caso do PSB de Lajeado ainda será analisado em outras instâncias, é claro. O sistema funciona assim. Mas as causas e consequências já estão expostas.


Mulheres na Justiça

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul elegeu na tarde dessa segunda-feira a nova administração para o biênio 2022/2023. E a Desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira entrou para a história. Ela é a primeira mulher eleita para a Presidência do TJ/RS. “Sabemos dos grandes desafios que teremos pela frente, mas estamos todos preparados, dando continuidade a vários projetos que foram implementados pela gestão do atual presidente”, afirmou. “teremos sempre o nosso olhar voltado para os magistrados, servidores e também aos nossos jurisdicionados, ao povo, que é nosso patrão, e estamos aqui trabalhando por ele”, finalizou ela, durante a posse.


“Chegou a vez do Vale”

É este o slogan da nova campanha Associação Comercial de Lajeado (ACIL) em parceria com a Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC/VT). O primeiro painel está agendado para o dia 15 de dezembro, e reunirá o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo; o presidente da Amvat, Paulo Kohlrausch; o prefeito de Estrela, Elmar Schneider; Oreno Ardêmio Heineck, da Acil; Adair Weiss, do Grupo A Hora; e Paulo Rogério dos Santos, do Grupo Independente. Em pauta, a necessidade da nossa região eleger representantes no Assembleia e na Câmara Federal.


Banho no Taquari

O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo (PP), aproveitou o calor desse domingo para um banho no Rio Taquari. O gestor é proprietário de uma balsa em sociedade com amigos, e é um dos tantos novos frequentadores deste tão esquecido espaço público de lazer. Pouco a pouco e a sociedade vai retomando a ligação e a relação com o principal manancial da região. E isso é fundamental para a sustentabilidade. Lembrando, claro, que o banho não é recomendado no local aos mais inexperientes. Afinal, não há salva-vidas e tampouco demarcação de áreas mais profundas.


• O gargalo no trânsito gerado a partir da aprovação (por parte do Governo de Lajeado) do projeto de instalação do McDonald´s no acesso à cidade precisa ser debatido pela Seplan

• Na Câmara de Encantado, Sander Bertozzi (PP) pediu 15 dias de licença e Marisa Mariotti (PP) assumiu a vaga. Pelo MDB, Duda do Táxi cede espaço de 15 dias para Samuel da Silva.

• Marisa Mariotti (PP) iniciou a participação no plenário com uma indicação pra lá de necessária. Ela sugere ao Executivo a criação de um “Centro de Atendimento ao Turista”. Aliás, o governo municipal não havia pensado nisso?

• O orçamento de Encantado para o próximo ano será de R$ 109 milhões. Já o orçamento de Estrela será de R$ 144 milhões.

• Em Lajeado, Márcia Scherer (MDB) deve contar com dois vereadores lajeadenses entre os coordenadores da campanha para deputada estadual.

• O vereador Adriano Rosa (PSB) não é o primeiro parlamentar cassado pela justiça nesta legislatura. Vereador reeleito e ex-presidente do Legislativo de Muçum, Carlos Ulmi (MDB) foi condenado em 1ª instância “por captação ilícita de sufrágio”, a popular compra de votos.

• Vavá (MDB), vereador de Lajeado, foi enfático ao analisar o banheiro público no Parque dos Dick. “O chão todo cagado e 35 camisinhas no chão.” No entorno, a decoração natalina.

• Ainda sobre a Câmara de Lajeado, o vereador Deolí Gräff (PP) pode assumir a presidência em 2022.

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