Depois de algumas semanas de negociações, o presidente Jair Bolsonaro chegou a um acordo com o Partido Liberal (PL) e concretizou sua filiação na terça-feira, 30. O político estava desvinculado a uma sigla desde novembro de 2019. Diante da movimentação, líderes da legenda em todo o país idealizam um crescimento de correligionários. No Vale do Taquari, não é diferente.
De acordo com a coordenadora regional do PL, Renata Cristina Cherini, o sentimento é de honra com a chegada de Bolsonaro. Desde o anúncio, eleitores de cidades que não possuem executivas entraram em contato e manifestaram interesse em criar os núcleos. Uma deles é Arroio do Meio. O partido conta com dois prefeitos e sete vereadores no Vale do Taquari.
Planejamento
Hoje, há integrantes em 26 das 36 cidades do Vale. Taquari (389), Estrela (377), Bom Retiro do Sul (146), Tabaí (77), Lajeado (71) e Vespasiano Correa (33) são as que mais possuem filiados. Na região, são 1.278. “Não tenho dúvidas de que o PL vai se fortalecer e vamos acolher todos os simpatizantes. Um crescimento automático, que deve ser refletido a partir de 2022 e ainda mais evidenciado nas eleições de 2024”, idealiza Renata.
Reuniões com outros partidos alinhados aos ideais bolsonaristas como o Democratas (DEM) e o PSL têm sido realizadas nos últimos dias. Na pauta, as estratégias para a migração de filiados desses partidos em cada município. Segundo ela, o objetivo é buscar a qualidade e não a quantidade, pois o foco é a discussão de políticas públicas voltadas aos interesses comunitários.
Diálogo
O coordenador do DEM no Vale, Felipe Diehl, afirmou que a maior parte dos integrantes seguirão para o PL. Em outubro, o partido se fundiu ao PSL e deu origem ao União Brasil. Como a nova organização decidiu não apoiar Bolsonaro, a debandada foi arquitetada desde então.
Segundo ele, o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, será candidato a governador no próximo pleito e vai se filiar em 22 de março de 2022. O ato não pode ocorrer antes devido às condições impostas pela fidelidade partidária.
“O DEM e o PL não possuem tanta presença na região. Então, vamos trabalhar bastante, sobretudo a partir de fevereiro, para que ambos possam ampliar seus horizontes. Temos de verificar quais são as necessidades das pessoas. Em 2018, Bolsonaro teve forte votação por aqui e a ideia também é reforçar esse apoio junto à comunidade”, explica Diehl.
Para a visão do presidente estadual do PL, deputado federal Giovani Cherini, “ter Bolsonaro no partido é a renovação da esperança brasileira”. A expectativa é filiar diversos nomes da Assembleia Legislativa, ampliar a bancada e reforçar os diretórios. “Vamos ter que administrar a fartura de candidatos”, conclui.