Comemore o Dia Nacional do Samba com os maiores do gênero

Dia Nacional do Samba

Comemore o Dia Nacional do Samba com os maiores do gênero

No Dia Nacional do Samba, o Grupo A Hora organizou uma lista com grandes músicas. Veja mais

Comemore o Dia Nacional do Samba com os maiores do gênero
Lupicínio Rodrigues, o maior nome do samba do Rio Grande do Sul

O Dia Nacional do Samba é comemorado sempre em 02 de dezembro. E para celebrar o gênero, é impossível não pensar nos seus principais nomes. Contudo, fica a questão: quais são os maiores sambistas e suas principais obras?

Para o compositor e sambista Vinicius Brito, que também é Mestre em Comunicação e especialista em Carnaval, é difícil escolher uma lista breve. Nomes como Pixinguinha, Cartola, Candeia, a trajetória impressionante de Noel Rosa, que morreu aos 26 anos e deixou mais de 200 sambas prontos, assim como João Nogueira e Paulinho da Viola são essenciais.

O Dia Nacional do Samba e sua importância para o Brasil

Contudo, Brito destaca que  Martinho da Vila é uma figura que merece o mais profundo respeito, porque une o intérprete de samba, talentoso e carismático, e também o compositor genial. E isso é importante porque muitas vezes essas duas funções se dissociam na música. Há grandes intérpretes que não compõem e grandes compositores que são intérpretes mais singelos.

“O Martinho é isso, o compositor genial e o cantor fantástico. Ele é uma figura completa desse universo”, avalia.

Já Deivison Campos, Coordenador de área científica da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e músico da bateria da Escola de Samba União da Vila do IAPI, o álbum Clementina de Jesus, de 1966, lançado quando a cantora tinha 65 anos e um marco que reúne toda a tradição do samba da primeira metade do século XX. Além disso, Campos chama a atenção para a obra “Vou Festejar”, de Beth Carvalho. 

O Dia Nacional do Samba e o Carnaval como festa identitária

“Este é o momento quando Beth vai ao Cacique de Ramos e tira de lá o samba que era produzido e conhecido como de fundo de quintal. Ela leva o grupo de mesmo nome e as composições de músicos até hoje relevantes no cenário nacional”, explica.

Enquanto isso, Gerson Brisolara, sócio-fundador do Centro de Estudos e Pesquisas de Tema Enredo e histórico jurado do Carnaval de Porto Alegre e Venâncio Aires, aponta três obras como essenciais: “Samba Esquema Novo” (1963), de Jorge Ben Jor, que traz novos elementos melódicos e revoluciona o estilo em forma e conteúdo; “Cartola” (1976), que traz o nome do músico já famoso e o consagra com grande clássicos; e o álbum de estreia de Zeca Pagodinho.

“Lançado em 195, o disco de estreia do ainda jovem sambista  mostrando o potencial de Zeca, que viria a se tornar um ícone nacional do gênero. Entre os clássicos: ‘Quando Eu Contar (Iaiá)’, ‘Judia de Mim’, ‘Brincadeira tem Hora’ e ‘Coração em Desalinho’”, detalha.

Renato Dornelles, jornalista com 33 anos de carreira dedicados à cobertura de Carnaval, lembra da importância dos sambistas gaúchos. Entre os principais sambistas no Estado, Lupicínio Rodrigues é referência nacional e até hoje suas músicas são muito cantadas. Ele também lembra do poeta Wilson Ney e Túlio Piva.

“Temos grandes compositores e autores de grandes músicas que não são identificados como tal. Carlos Cachaça, Candeia, Luiz Carlos da Vila, em Porto Alegre temos o Joaquim Lucena. Alexandre Rodrigues, autor de ‘Ângela’, gravada por Neguinho da Beija-Flor”, recorda Dornelles.

Ouça algumas obras referenciais:

Martinho da Vila – “Canta canta, minha gente”:


Cartola – “As rosas não falam”:


Paulinho da Viola – “Timoneiro”:


Jorge Ben – ʺPor Causa de Você, Meninaʺ:


Zeca Pagodinho – “Quando Eu Contar (Iaiá)”:


Clementina de Jesus – “Marinheiro Só”:


Lupicínio Rodrigues – “Nervos de Aço”:


Beth Carvalho – “Vou Festejar”:


João Nogueira – “Espelho”:


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