O plenário do Senado Federal aprovou, por 47 votos a 32, a indicação do ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União André Mendonça para a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF) deixada pela aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.
Em 2018, Mendonça foi chefe da Advocacia Geral da União (AGU). Bolsonaro nomeou o advogado para suceder Sérgio Moro, como Ministro da Justiça.
A indicação ficou parada na CCJ por mais de quatro meses, o maior tempo registrado até hoje. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), foi a primeira mulher a relatar uma indicação de ministro aos Supremo. Antes da votação no plenário, Eliziane disse que nenhuma outra indicação foi carregada de tanta polêmica quanto de André Mendonça. Segundo ela, viu-se o debate religioso assumindo o lugar do debate sobre a reputação ibilida e o notório saber jurídico do candidato. “Ninguém pode ser vetado por sua orientação religiosa”, disse.
Marco Aurélio Mello se aposentou de forma compulsória em 12 de julho, quando completou 75 anos, idade máxima para ocupar uma cadeira na Suprema Corte. Quase cinco meses depois, Mendonça assume vaga no STF.