O Morro Gaúcho é um dos principais pontos turísticos do Vale do Taquari. Mesmo sem qualquer infraestrutura para os visitantes, a antiga pedreira localizada no topo da belíssima área verde é um dos locais mais visitados em nossa região. A vista para as demais montanhas e curvas do Rio Taquari impressiona os visitantes. Naturalmente, todo este potencial, aliado ao momento alcançado pelo turismo regional, faz com que os investidores observem para novas oportunidades.
Nos bares, padarias e cafés da nossa querida (e aniversariante) Arroio do Meio, o debate sobre possíveis investimentos em áreas dos morros Gaúcho, Ventania e São José foi a pauta da semana. O governo havia agendado uma audiência pública para a próxima terça-feira, dia 30, com o intuito de debater eventuais mudanças no Plano Diretor do município, com destaque para as novas possibilidades de loteamentos em ambos os morros e a apresentação de um mega investimento. Entretanto, o encontro foi cancelado. E a polêmica se instaurou de vez.
Em suma, me parece que são duas questões que foram abalroadas em um mesmo debate. A primeira (e talvez mais importante) é a proposta de transformar parte daquela zona rural em “zona urbana”. Com isso, seria possível fragmentar os terrenos em áreas menores. Hoje, o mínimo é três hectares. A ideia do Executivo é baixar para 2,5 mil metros quadrados. E os proprietários de imóveis localizados nos morros (ou a maioria deles) se posicionam contrários a este movimento.
A segunda questão em debate é a proposta de construção de um grande complexo turístico e privado na região montanhosa. Um espaço de 60 hectares com hotel, restaurante, mirante e outras estruturas de lazer e conforto para os turistas, e cujo orçamento apresentado por um grupo de empresários é de R$ 50 milhões. Sobre isso, os moradores (ou a maioria deles) não se posicionam necessariamente contra a ideia e garantem que não é necessário mudar o Plano Diretor para viabilizar a obra. Mas eles exigem detalhes.
O debate sobre a ocupação do Morro Gaúcho é antigo. Da mesma forma, as discussões sobre um melhor aproveitamento turístico e financeiro daquela riqueza natural também não são novas. E o poder público deve observar para a transparência das intenções. O próprio Executivo anuncia que, diante do imbróglio, os investidores (incluindo um empresário de Arroio do Meio) desistiram do vultoso empreendimento, antes mesmo de apresentá-lo à sociedade arroio-meense.
Ao fim de tudo, a impressão é de que está faltando comunicação e transparência na relação de investidores, poder público e moradores. E a cidade tem muito a perder com esse ruido.
(In) Justiça
A Assembleia Legislativa do RS extinguiu, em 2019, o auxílio-mudança para deputados estaduais eleitos ou reeleitos. Os parlamentares gaúchos tinham direito a receber duas cotas do auxílio de R$ 26 mil, uma no início e outra no fim do mandato. A extinção gera uma economia de R$ 2,8 milhões por legislatura. Agora, a mesma AL/RS analisa um projeto encaminhado pelo Tribunal de Justiça do RS, que repassa aos magistrados que tiverem até três dependentes um auxílio no valor do próprio salário, hoje superior a R$ 30 mil. Por coerência, a AL/RS deve rejeitar de antemão a matéria.
Caminho de Santiago
Participo sábado de um encontro de peregrinos. Organizado pela Happy Travel, o evento terá a presença de nutricionistas, educadores físicos, advogados, psicóloga e historiador. Vou contar um pouco da minha peregrinação de 800 km em 30 dias entre a França e a Espanha, realizada em 2019. Ao fim do bate papo, a boa música de Solon e Adriana, regada ao bom chopp artesanal. O bate-papo inicia às 15h, na H Store, localizada na Av. Alberto Pasqualini, 220, em Lajeado.
- A provável nova sede da Câmara de Arroio do Meio gera intensas negociações. De um lado, a proposta de alugar um espaço da Acisam, um processo que perdura há mais de cinco anos. Por outro lado, outros espaços também oferecem boas condições aos parlamentares.
- Em Estrela, as famigeradas páginas de Facebook com notícias e denúncias voltadas ao meio político estão retornando aos poucos. Por vezes, só mudam a nomenclatura.
- Em Encantado, foi realizada audiência para apresentação do PL estima a receita e fixa a despesa de 2022. A partir de agora, poderão ser apresentadas Emendas por populares.
- Também em Encantado, as escusas da vereadora Andressa de Souza (MDB) para tentar justificar diárias de quase R$ 1 mil em Brasília ganharam notoriedade estadual e nacional. Talvez, agora, os colegas (ao menos) da nobre parlamentar percebam o problema.
- A decoração natalina em Teutônia vai custar cerca de R$ 170 mil.
- Em Lajeado, o PL que devolve autonomia para os pequenos, médios e grandes comerciantes abrirem (ou não) os estabelecimentos aos domingos e feriados é a “menina dos olhos” do Sindicomérciários. A entidade é contra a proposta, claro. Mas o debate garante protagonismo aos perpetuadores do alto escalão.