A criancinha, quando quer “agredir” alguém ou não sabe o que responder, o chama de “nome feio”. Inesquecível uma coleguinha do primeiro ou segundo ano do curso primário do Alberto Torres (hoje ensino fundamental?) que, quando queria xingar ou ofender algum amiguinho, o chamava de sapo.
Hoje este hábito voltou, mas em adultos que, mercê dos seus poucos argumentos, são ditatoriais na imposição das suas posições e castradores da opinião alheia. Não admitem contestação e querem impor suas ideias “no grito”. Compactuam com a corrupção e a manipulação, são adeptos da antidemocracia e do encolhimento econômico para aumentar a dependência do Estado. Constituem-se em instrumentos da opressão exercida por uma minoria que busca apenas o atendimento dos próprios desejos e vantagens.
Não é grupo expressivo, mas retumbante. Alguns militam na mídia nacional e estadual. Outros, no meio cultural, no clero, na política. Quando não têm argumentos, querem rotular alguém, ofender ou acabar com uma discussão, o chamam de “negacionista”.
Hoje você não pode expressar sentimentos e ideais de brasilidade, discordar da postura da Suprema Corte, do Congresso Nacional, de uma CPI do Covid. Nem defender a alternância no poder e uma economia de livre mercado, contestar o lockdown, querer e precisar trabalhar, ser adepto do tratamento preventivo. Enfim, exercer seu livre arbítrio nos limites da Lei. Você é “negacionista” ou, “da direita”.
Como assim? Apropriaram-se, também, do conceito de quem é “da direita” ou “da esquerda”? Sim, até isto, como mais um instrumento de uma retórica intimidadora implantada e manipulada por grupo minoritário, a mando de forças políticas e econômicas de expressão e poderosas, perfeitamente identificáveis, as quais, nem de longe representam a esquerda. A esquerda raiz entendo ser um pensamento político importante, com o viés da inclusão social. Indispensável ao equilíbrio, em contraposição à direita liberal. Para aquele grupo minoritário, interessa, tão somente, o seu domínio sobre os demais e o seu ganho próprio, em detrimento de uma maioria que labuta e ajuda a fazer a roda da vida girar. Só que, esta maioria, silente como é, quando se aperceber, seus direitos lhe foram tomados. O risco é você tornar-se refém deste redemoinho, indignado por não encontrar eco.
Pois terça passada, no evento EmpreInove, promoção do Grupo A Hora e da Acil, tive alcançada a corda para sair daquele redemoinho. Com mais de quatrocentas pessoas, ouvi palestrantes otimistas, passando a certeza de que, a imensa maioria, é antinegacionista. São perseverantes que trabalham e empreendem, cientes de que a vida não é feita de facilidades, mas de oportunidades. Estes mais de quatrocentos assistentes que ali estavam, por si só, já formavam um extrato representativo dos “peleadores” do dia-a-dia, que aí estão. Basta olharmos ao redor.
Nas estradas, milhares de caminhoneiros rasgando o país, transportando nossa sobrevivência. Independentemente do partido, vermos um Governo Federal revolucionando a infraestrutura, as comunicações, a inovação, os meios de produção. Ver a singela alegria das centenas de famílias que, todas as noites, vão à praça da minha Arroio do Meio maravilhar-se com as apresentações que ali acontecem. As milhares de famílias que fazem o mesmo, nas praças e pontos de encontro pelo Brasil afora.
Nas ruas, nas propriedades rurais, nas fábricas, no comércio, nos serviços, na cidade, no interior. Percebam o movimento do bem. São milhões de pessoas cumprindo a desígnio bíblico “do suor do teu rosto ganharás o teu pão”.
Estes, todos estes, são antinegacionistas que não se incomodam com a pecha que a minoria retumbante quer lhes impor.