Termômetros ultrapassam 39ºC nesta tarde em Lajeado

Risco nas matas

Termômetros ultrapassam 39ºC nesta tarde em Lajeado

É o segundo dia mais quente do ano, segundo o Núcleo de Informações Hidrometeorológicas da Univates. No último trimestre, bombeiros atendem a mais de um incêndio em vegetação a cada três dias

Termômetros ultrapassam 39ºC nesta tarde em Lajeado
Nesta segunda-feira, um fogo foi controlado em vegetação no bairro Moinhos D'Água. (Foto: Divulgação)
Lajeado

O calor e a baixa umidade do ar chamam atenção na tarde desta segunda-feira (22). Conforme registros do Núcleo de Informações Hidrometeorológicas da Univates (NIH), a maior temperatura foi atingida por volta das 15h30min, quando a marca chegou a 39,4 ºC.

Ainda de acordo com o centro meteorológico da Univates, esse é o segundo dia mais quente neste ano. Em janeiro deste ano, os termômetros marcaram 40,5ºC. De acordo com o jornalista Felipe Neitzke, três fatores contribuem para o calor excessivo.

Um bolsão de ar quente atua sobre o estado, o que causa uma baixa umidade relativa do ar em níveis alarmantes, principalmente para quem sofre de problemas respiratórios. O segundo motivo, é a ausência de cobertura de nuvens. O céu aberto proporciona mais intensidade na incidência de raios solares.

Por fim, o La Niña, que resfria as águas do oceano pacífico pelo segundo ano consecutivo. O fenômeno impede o avanço da chuva e causa um “clima de deserto”.

“Noites com temperaturas mais amenas, e agradáveis, mas durante o dia as temperaturas elevam rapidamente”, explica o jornalista. Ele ainda lembra da desregulação das temperaturas provocadas pelo aquecimento global.

Na região litorânea do RS, pancadas de chuva devem ocorrer ainda nesta segunda-feira. No Vale do Taquari, o cenário mais favorável para instabilidades é a partir de quinta-feira (25). A chegada de uma frente fria pode provocar 50 mm de chuva entre quinta e sexta.

Bombeiros alertam para fogo em vegetação

Um incêndio em uma mata de taquaras foi controlado, nesta tarde, no bairro Moinhos D’Água. De acordo com o tenente Fausto Althaus, nos últimos três meses foram atendidas 64 ocorrências de fogo em vegetação nos 13 municípios abrangidos pelo corpo de bombeiros de Lajeado.

O número representa uma média de 0,7 incêndios em matas por dia. Ou seja, desde setembro, a cada três dias, os bombeiros atendem mais de uma ocorrência de fogo em vegetação.

“O fogo em mato é cíclico. Em todo ano tem incidência de fogo em vegetação e matas. Para nós, no Rio Grande do Sul, começam nas épocas de estiagem”, conta Althaus.

O tenente afirma que, mesmo que involuntário, nenhuma ocorrência desse tipo tem causas naturais. Muitas vezes, pessoas tentam atear fogo em um tipo de vegetação e não conseguem controlar as chamas.

Em outros casos, lixos deixados próximos a vegetação causam incêndios. “É uma garrafa que lançam no mato e aquele vidro ocasiona uma ignição de raio ultra violeta. Ou uma lata que aquece, um toco de cigarro”, relata.

Confira a entrevista com Tenente Fausto Althaus, do Corpo de Bombeiros:

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