Sem maioria, governo protela votação  sobre abertura do comércio aos domingos

Política e Cidadania

Sem maioria, governo protela votação sobre abertura do comércio aos domingos

Matéria esteve na ordem do dia duas vezes, mas segue sem previsão de ser apreciada

Sem maioria, governo protela votação  sobre abertura do comércio aos domingos
Lajeado

Um dos assuntos mais repercutidos pela comunidade neste ano é o projeto de lei que possibilita a abertura do comércio aos domingos e feriados. De autoria do Executivo, o texto altera o artigo 64 do Código de Posturas de Lajead e exclui a proibição de operação dos estabelecimentos. A apresentação da proposta ocorreu no dia 20 de agosto. Logo, está prestes a completar três meses.

Neste período, foram muitas as discussões entre os parlamentares e entidades como o Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) e Sindicomerciários, com posicionamentos contrários e favoráveis.

O projeto já esteve na ordem do dia em duas oportunidades, mas pedidos de análise adiaram a votação. Mesmo fora de pauta, o tema foi lembrado em sessões recentes, com cobranças pela apreciação.

Bastidores

O presidente da Comissão de Justiça e Redação da câmara, Alex Schmitt (PP), reforça que o projeto está liberado desde 30 de agosto. Para o parlamentar, os seguidos adiamentos teriam ocorrido porque há colegas em dúvida quanto aos detalhes técnicos e/ou dispositivos legais, o que gerou insegurança.
“Tudo que dê liberdade às pessoas é benéfico. A abertura do comércio reflete na geração de emprego e renda, temos de escutar quem busca um lugar no mercado de trabalho”, comenta Schmitt. Na sua concepção, existiriam votos suficientes para a aprovação.

Por outro lado, Jones Vavá (MDB) entende que o projeto ainda não foi votado porque a base governista não teria certeza de aprovação. Por isso, seguem as articulações.

“Sou contra a maneira como a qual o governo apresentou a proposta, não à liberdade econômica em si. Temos de sentar e discutir. Gostaria muito que antes de Lajeado avançar nessa discussão, houvesse evolução em questões como saúde, educação e transporte público”, defende.

Segundo o presidente do Legislativo Isidoro Fornari, a matéria deve ser postergada por, pelo menos, mais uma semana. Ainda não há previsão de ser votado. O motivo é a necessidade de mais conversas em torno do tema.

Posições

Diversas entidades já manifestaram apoio e cobraram a aprovação ou rejeição, como o Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade do Vale do Taquari (Sincovat) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Avícolas e Alimentação em Geral de Lajeado (Stial).

Em ofícios encaminhados ao Legislativo, mencionam o “estímulo à economia local” e a “imposição de um negociação direta e desproporcional entre patrão e empregado”.

Tramitação do projeto

20 de agosto
Projeto é apresentado na Câmara;

30 de agosto
Comissão de Justiça e Redação da Câmara libera o projeto para votação;

09 e 28 de setembro
Texto é incluído na ordem do dia, mas adiado

24 de setembro
Emenda modificativa, com o acordo entre sindicatos, é protocolada;

26 de outubro
Sindicatos relatam interpretações distintas;

Entre setembro e outubro
Entidades encaminham posicionamentos contrários e favoráveis ao Legislativo;

Novembro
Às vésperas de completar três meses, projeto segue em tramitação.

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