Em um ano, Languiru pretende oferecer carne bovina fora do RS

Economia

Em um ano, Languiru pretende oferecer carne bovina fora do RS

Cooperativa inicia abates e atende demanda do mercado em Teutônia. Oferta de cortes bovinos em território nacional depende de licença estadual e federal

Em um ano, Languiru pretende oferecer carne bovina fora do RS
Vale do Taquari

O abate semanal de até 100 animais na nova planta da Languiru, em Teutônia, é apenas o início de uma nova estratégia de mercado da cooperativa, lançada na última semana durante a programação de 66 anos. Após obter a licença estadual e federal, poderá elevar a capacidade do frigorífico a 380 abates ao dia.

Por enquanto, a unidade opera com o registro municipal e abastece o supermercado local da Languiru. O registro na Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), do governo gaúcho, foi encaminhado e aguarda aprovação final. Essa regulação permite abastecer todos os pontos de venda no RS.

Em um ano, a expectativa é que a cooperativa possa oferecer, além da carcaça, cortes específicos, com valor adicionado à matéria-prima e maior oferta de produtos no território nacional. Para alcançar esse objetivo, a Languiru busca a autorização do Ministério da Agricultura e o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi).

De acordo com o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, esse é um importante investimento e permite melhor competitividade no mercado das carnes. “É diferente dos suínos e aves, onde os insumos são da cooperativa e exigem maior capital de giro. No caso dos bovinos de corte, já há uma produção estabelecida na região com garantia de entrega para dois anos”, pontua Bayer.

Serão comprados animais das raças angus e hereford. Também diante do registro federal, o frigorífico terá capacidade para o abate das matrizes de suínos e vacas leiteiras em fase final de vida produtiva, dando origem à matéria-prima para produtos da linha industrializada dos frigoríficos de suínos. Hoje, parte desses animais são abatidos em Santa Catarina.

Qualificação da mão de obra

A estrutura de 3,5 mil metros quadrados é arrendada, com a perspectiva de compra futura. No início das tratativas internas, era avaliada a possibilidade de edificação do abatedouro, quando surgiu a proposta de usar um espaço em construção. Ainda no mês de novembro, em caráter de transição com o proprietário do espaço, ocorre a qualificação dos profissionais.

O frigorífico de bovinos de corte gera 35 empregos diretos e conforme aumentar a produção, pode chegar a 65 contratados. Essa não é a estreia da Languiru no segmento. Em meados dos anos 80, a cooperativa já atuava na bovinocultura com abatedouro em Canoas. O resgate da atividade abre novas possibilidades aos associados.

Diversidade de produtos

A cooperativa completou 66 anos no sábado, 13, e dentre as atividades festivas, o presidente Dirceu Bayer anunciou investimentos nos principais segmentos da marca, a avicultura, suinocultura e cadeia leiteira. A Languiru também conta com operações em nutrição animal, rede de supermercados, lojas Agrocenter, postos de combustíveis e farmácias.

“O frigorífico de bovinos é um antigo desejo da Languiru e amplia o ciclo produtivo nas carnes. Estamos a tornar viável e resgatando esse negócio na cooperativa”, revela Bayer. Diante da diversidade de produtos, a marca deve crescer 27% e faturar R$ 2,3 bilhões em 2021.

Investimentos recentes

• Ampliação do frigorífico de aves
Em 2020, a Languiru investiu cerca de R$ 60 milhões no incremento do volume produtivo na unidade de Westfália. Com isso, a planta industrial pode abater cerca de 140 mil aves/dia.

• Frigorífico de bovinos
A planta industrial possui capacidade inicial para o abate de até 100 animais por semana, destinados à produção de carcaça. Os bovinos de raças europeias são fornecidos por associados da Languiru e outros produtores da região.

• Indústria de laticínios
O novo pavilhão de estocagem da indústria de laticínios, em Teutônia, possui 3,1 mil metros quadrados e recebeu investimento aproximado de R$ 3 milhões. A unidade promove a economia em aluguéis e frete.

• Centro de distribuição
Também em Teutônia, a estrutura de 2,4 mil metros quadrados serve de depósito para fertilizantes, farelos, rações, sais minerais e sementes. A capacidade de estoque é de aproximadamente 2,5 mil toneladas. O investimento na reforma do prédio foi de R$ 1,8 milhão.

• Agrocenter Máquinas
O antigo pavilhão social foi reformulado para receber a estrutura ampla e moderna do Agrocenter Máquinas, em Teutônia. O investimento foi de R$ 2 milhões.

• Loja em São Lourenço do Sul
A unidade no sul do estado é a 11ª loja Agrocenter Languiru. Oferece produtos para o campo e para a cidade, farmácia veterinária e insumos para plantio, ferragens, fertilizantes, máquinas e implementos agrícolas, além do serviço de manutenção e pós-venda.

Acompanhe
nossas
redes sociais