O Lajeadense foi duramente prejudicado pela arbitragem nos confrontos contra o União Frederiquense. O adversário teria condições de eliminar o Alviazul caso os árbitros cumprissem as obrigações? Creio que sim. A equipe de Frederico Westphalen demonstra muita competência técnica, mental e disciplinar, e foi derrotada uma única vez em toda a competição. Mas, se os árbitros tivessem assinalado os pênaltis absurdamente claros nas duas partidas, talvez a história fosse outra. E a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) precisa explicar essa péssima impressão.
A federação precisa explicar a escala de uma arbitragem que se apresentou muitíssimo aquém da relevância e do peso das semifinais da Divisão de Acesso. Afinal, milhões de reais estavam em jogo nas duas partidas. Ainda no primeiro jogo, um pênalti claríssimo foi ignorado pelo árbitro, após o zagueiro interceptar com a mão um cruzamento que veio da ponta esquerda. Na segunda partida, foram dois lances muito semelhantes. Ambos ignorados pela juiz. Para este ano, já é tarde. Mas fica o alerta à FGF. A grandeza do Clube Esportivo Lajeadense não combina com tantos erros.
Diárias em Encantado
Já passou da hora de mudar as regras das diárias em Encantado. A imagem divulgada pela Chefe de Gabinete durante a última viagem de agentes públicos para Brasília, mostrando quatro garrafas de espumantes no requintado restaurante Coco Bambu, pegou muito mal junto à comunidade. Não há ilicitude na imagem. Mas, a questão moral foi acionada nos bastidores. Ocorre que os vereadores recebem R$ 944 por dia em Brasília (a Chefe de Gabinete recebe R$ 576), e não há necessidade de devolver valores não gastos. Ou seja, é um recurso livre, a bel prazer, e incondizente com os custos básicos e médios na capital federal. A solução é simples. Para evitar dúvidas, a Câmara deveria ressarcir apenas o que foi efetivamente gasto. E publicar as notas fiscais no Site da Transparência.
“Varre, varre, vassourinha…”
A campanha eleitoral do ex-presidente Jânio Quadros teve como símbolo a “vassoura”, que expressava o desejo de varrer a suposta corrupção do governo anterior, comandado por Juscelino Kubitschek. Jânio prometia varrer os problemas do Brasil, com uma retórica conservadora e, ao mesmo tempo, pra lá de populista. Ele deixou o governo em 1961. Sessenta anos depois, e resguardadas as necessárias proporções e simbolismos, o prefeito de Estrela, Elmar Schneider (PTB), utilizou uma vassoura para repassar um recado à população: melhorar o Código de Posturas e garantir parcerias para uma cidade mais limpa. O mutirão estrelense ocorreu nessa segunda-feira.
• O Ministério Público Federal obteve sentença favorável à preservação da Estação Ferroviária de Rio Pardo. A decisão determina que o Iphan elabore projeto de restauração em até 180 dias e, depois, execute e conclua as obras em até um ano. A União, o Dnit e o governo de Rio Pardo devem custear o empreendimento.
• A Construtora Giovanela venceu o processo licitatório para finalizar o asfaltamento da VRS-482, entre Arroio do Meio e Capitão. A concorrência pública ocorreu na sexta-feira e as obras devem iniciar ainda em novembro. O contrato é de R$ 13,4 milhões.
• O governo de Lajeado e os vereadores da Situação ainda não estão seguros da vitória, em plenário, do projeto de lei que autoriza (ou não proíbe) o comércio aos domingos.
• O Executivo lajeadense também se manifestou acerca da confusão entre um assessor da Câmara e um diretor da empresa responsável pelas obras da nova orla do Rio Taquari. O governo afirma que não corrobora com o episódio, aguarda manifestação do judiciário, e informa que a contratação da empresa se dá “por hora e não por volume de material”.
• Ainda em Lajeado, o vereador Ederson Spohr (MDB) solicita ao Executivo o término da obra da calçada na ERS-413, km 4,3, “a qual está abandonada e inconclusa há mais de 7 meses”.
• Em 2021, a Câmara de Teutônia já gastou pouco mais de R$ 20 mil em diárias. No mesmo período, a Câmara de Encantado gastou mais de R$ 80 mil.