Observando os Boletins do Departamento de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul, os dados do segundo trimestre de 2021 demonstram aquilo que todos nós temos visto empiricamente acontecendo em nossas regiões e no Estado como um todo, a retomada econômica e retomada do emprego. Cabe uma observação de que parte dos dados apresentados são resultados de pesquisas do Caged e que nesta semana estão sendo revisadas, ou seja, o saldo de contratações no território brasileiro nesse último período é positivo, no entanto, menor que o divulgado nos meses anteriores.
Assim, sem deixar de levar esse aspecto em conta, é válido perceber a recuperação econômica gaúcha, no qual o Produto Interno Bruto do Estado cresceu 2,5% do 2º trimestre com relação ao primeiro trimestre. Os aspectos mais relevantes são vinculados ao avanço da vacinação e a redução do isolamento, a recuperação das safras de grãos e dos demais setores, industrial e de serviços.
O mercado de trabalho também demonstra recuperação, no entanto, não nas mesmas proporções que o PIB. Isso quer dizer que estamos utilizando melhor nossa mão de obra, sendo mais produtivos, utilizando melhor tecnologias e processos de automação e que ainda estávamos com um nível de ociosidade que agora está voltando a ser plenamente utilizada.
Atualmente, a força de trabalho gaúcha é estimada em 5,8 milhões de trabalhadores e considerando essa força de trabalho a taxa de participação na força de trabalho, que é o resultado da divisão da força de trabalho pela população em idade de trabalhar (indivíduos de 14 anos ou mais de idade), é de 59,5%. Ainda, a taxa de informalidade no 2º trimestre de 2021, no Brasil era de 40,6% e no RS era de 31,7%. Esses dados dão conta de indicar que o nível de ocupação do Estado está na sétima posição no ranqueamento brasileiro.
Assim, em geral, os principais indicadores do mercado de trabalho do RS continuam melhorando, mas ainda é menor dos resultados pré-pandemia. Se observarmos essas informações regionalmente, percebemos diariamente as melhorias nos resultados da produção e da empregabilidade, no entanto, os dados demonstram que o Vale do Taquari está na média de criação de vagas da maioria das regiões do Estado, sendo que o nível de criação de vagas foi maior nas regiões Sinos, Metropolitana, Serra e Sul. Ou seja, os dados demonstram a criação de vagas de trabalho demonstram saldos positivos recorrentes entre admitidos e demitidos e que estamos no caminho da formalização, da ocupação qualificada da mão de obra regional e gaúcha, mas que outros aspectos podem potencializar ou restringir a retomada do crescimento, ou seja, a inflação e a taxa de juros. A diversidade e dinamicidade do Vale do Taquari, as cadeias produtivas consolidadas e as potencialidades de empreender em novas cadeias produtivas, possibilitam um melhor aproveitamento da força de trabalho regional e contribui para a melhoria da renda das famílias do Vale do Taquari.