Um mês. Esse é o tempo que as famílias e amigos das vítimas do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, vão esperar para encaminhar um fim para seu desejo de justiça. No dia 1º de dezembro, os quatro réus vão a julgamento pelo tribunal do júri, em Porto Alegre, em sessão que deve durar cerca de duas semanas.
Os sócios da Kiss, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor de palco Luciano Bonilha Leão são acusados pelo Ministério Público (MP) de terem atuado com dolo eventual – quando se assume o risco de matar – pela morte de 242 pessoas na madrugada de 27 de janeiro de 2013. Eles ainda respondem pela marca de 636 tentativas de homicídios.
O julgamento começa no dia 1º de dezembro e seguirá diariamente até terminar, inclusive com sessões aos finais de semana. A previsão é que início ocorra sempre às 9h, com intervalo para almoço e continuidade dos trabalhos até o turno da noite.
Há previsão de intervalos para lanche/janta. Porém, os detalhes das paralisações serão decididos diariamente pelo juiz em conjunto com o MP e os advogados dos réus.
O caso Kiss, provavelmente, se tornará o maior julgamento da história do Rio Grande do Sul. Afinal, até a manhã da quinta-feira (28), o processo continha 18.685 páginas, 87 volumes e 35 apensos.
