Jogo de empurra

EDITORIAL

Jogo de empurra

Jogo de empurra

As altas seguidas nos preços dos combustíveis perpassam um cenário global de inflação. Todos estão pagando mais para abastecer os veículos. A diferença está no poder de compra das populações.

O salário mínimo das economias desenvolvidas traz menos impacto sobre o bolso do que a dos trabalhadores brasileiros. De fato, a desvalorização do real é fruto da descrença dos investidores internacionais com a economia do país.

Nas commodities, a flutuação nos preços é comum. Frente às adaptações forçadas pelo ano de 2020, marcado pela pandemia, houve uma redução de demanda. Nestas condições, a oferta seguiu esse movimento.

Quando há um retorno gradual das atividades, a procura foi mais elevada do que a capacidade produtiva. Neste rearranjo forçado, o cenário nacional inspira cuidados. Tanto que o Boletim Focus de ontem, as estimativas para o PIB caíram, enquanto o dólar seguirá em elevação, junto com a inflação.
No campo político, o que se vê é um verdadeiro jogo de empurra. De um lado, o descontrole nos combustíveis teria como responsáveis os governadores com o ICMS, de outro, a equipe econômica do governo federal em adotar medidas populistas e ultrapassar o teto de gastos.

Longe desses discursos pré-eleitorais, o fato latente é que a população vai continuar pagando mais e sem perspectiva de uma reposição salarial em curto e médio prazo.

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