Novo espaço para lazer de Lajeado, o Parque Ney Santos Arruda ainda não está finalizado, mas já é frequentado pela comunidade. Por isso, o governo prepara formas de ocupação dos espaços públicos. Uma delas é a exploração voltada à comercialização de alimentos e bebidas. Um projeto de lei que tramita na câmara de vereadores autoriza a concessão de 1,6 mil metros da área.
Após receber o aval do Legislativo, o município abrirá licitação para contratação de empresa responsável. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura, André Bücker, a futura concessionária ficará responsável por organizar o espaço e contratar empreendimentos gastronômicos, além da conservação e manutenção do parque.
A inspiração do modelo escolhido por Lajeado, conforme Bücker, vem de Porto Alegre. Desde o começo do ano, o Cais Embarcadero, novo complexo de lazer e gastronomia, deu vida nova a galpões antigos do Cais do Porto Mauá. O empreendimento já se destaca e atrai turistas de fora da capital.
“Essa empresa é quem fará a curadoria e definir quais empreendedores estarão no local”, explica. Além do processo licitatório, um decreto do governo estabelecerá as áreas para concessão, os valores e demais condições para a cessão. Conforme Bücker, o valor pago pela concessionária será destinada à manutenção, investimentos e promoção de eventos no próprio parque.
Necessidade
O secretário lembra que já existe uma demanda por serviços no local, mesmo que o parque ainda esteja em obras. “Muitas pessoas o frequentam, sobretudo aos fins de semana. Nem a estrutura do parque, nem a da orla estão finalizadas. Mas há uma necessidade. Isso evidencia o potencial existente”, avalia Bücker.
As obras do Parque Ney Santos Arruda iniciaram ainda em 2019, com extensão de vias e construção de rotatórias, que possibilitaram à comunidade um acesso alternativo à BR-386. Ainda não há uma estimativa de conclusão dos trabalhos, mas o município tem a intenção de inaugurá-lo no aniversário de 131 anos de Lajeado, em 26 de janeiro.
Áreas alagáveis
Um dos grandes desafios da concessionária, na avaliação de Bücker, é preparar o espaço de forma que eventuais impactos de uma cheia do rio Taquari não prejudiquem os negócios. “É uma área alagável. Tem de se pensar em formas para que, eventualmente, ocorra a retirada das estruturas, para que estas não fiquem sensíveis a situações de cheias”, opina.
Emenda
Uma emenda protocolada junto ao projeto de lei permite a exploração, nos mesmos moldes, de espaços em outros parques e praças de Lajeado. A proposta é da vereadora Ana da Apama (MDB) e estabelece algumas regras não previstas hoje, como a proibição da venda de cigarros por parte da concessionária. A parlamentar justifica que a emenda visa fomentar a utilização destes locais.