Nova turma integrante do Projeto Saúde 60+, ação desencadeada pelo Centro de Referência e Assistência Social (Cras) em parceira com as agentes comunitárias de saúde e Conselho do Idoso, foi atendida ontem, integrando idosos dos bairros Aimoré, Centro e Rui Barbosa. A atividade tem o propósito de melhorar a qualidade de vida das pessoas desta faixa etária. A proposta busca envolver idosos dos bairros do município por intermédio de aulas de dança totalmente diferentes, alegres e temáticas.
“Se busca trabalhar de forma leve e diferente com este público, pois, em virtude da pandemia, além dos transtornos mentais e psicológicos, surgiram outras comorbidades”, avalia Juliana Duarte, do Cras. As aulas são coordenadas pelo educador físico Cristiano Silva, com mais de 20 anos de experiência e de projetos direcionados a esta faixa etária.
O secretário da Saúde, Gustavo Kasper, frisou na abertura do projeto que aos poucos se dá o retorno ao normal, após o período pandêmico. “Queremos promover uma integração saudável para a qualidade de vida de todos nós. Apesar da pandemia estar, de certa forma, sob controle é de extrema importância que a gente continue a se cuidar.”
Como participar
Os encontros serão quinzenais, nos bairros do município, em horários específicos, combinados pelos grupos.
Interessados em participar podem contatar com as agentes de saúde.
“Nunca é tarde para começar a dançar”
Segundo a psicóloga Rafaela Schwertner, envelhecer é um processo natural que faz parte do ciclo da vida. Esse processo pode ser influenciado por fatores genéticos e também pelo estilo de vida. Dados apontam que idosos moderadamente ativos têm menores riscos de sofrerem de desordens mentais do que os sedentários. Destaca também que a prática de atividades fisícias regulares, como a dança, por exemplo, auxilia a prevenir doenças como diabetes, colesterol, obesidade, hipertensão arterial, entre outras. Também diminui os riscos de males como Alzheimer e Parkinson.
“A dança como atividade física é uma possibilidade de tratamento não farmacológico para os problemas de saúde, contribuindo para o aumento da autoestima, bem-estar, sociabilidade, diminuição da ansiedade, depressão e estresse, melhorando a qualidade de vida dos idosos”, observa a psicóloga, salientando que participar de programas que oferecem atividades físicas, principalmente para a terceira idade, é garantia de melhora no humor, bem-estar emocional e psíquico, aumento da capacidade de concentração, criatividade, memória, atenção, velocidade no processamento cognitivo, reduzindo respostas emocionais frente ao estresse.
“A dança não tem idade, é para ambos os sexos. Além de divertir-se, é uma alternativa importante para prevenir doenças e promover saúde, ou seja, nunca é tarde para começar a dançar”, avalia a profissional.
A análise do fisioterapeuta
A prática da dança, sob a ótica do fisioterapeuta Ivan Weizenamnn é positiva. Conforme ele, a atividade movimentará todo o esquema corporal, ativando a circulação sanguínea, mexendo com as articulações, trabalhando a musculatura e, além disso, atua no alívio das dores e melhora a flexibilidade. “Mas eu acredito que o maior benefício será a autoestima. Estando mais ativas sentem-se mais aptas a realizar as atividades cotidianas” concluiu o profissional.