Após as graves adversidades enfrentadas em 2020 e em parte de 2021, o comércio começa a viver um novo momento e esboçar uma reação promissora para o próximo período. Em todo o país, o setor aposta forte na reta final do ano, que costuma ser a melhor época para as vendas, como forma de recuperar o tempo perdido com a série de restrições impostas pela pandemia.
Para se ter uma ideia do otimismo do segmento nesta retomada, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta a maior contratação de trabalhadores temporários desde 2013. A expectativa é de mais de 94,2 mil vagas para atender o movimento típico de Natal e fim de ano.
Conforme dados da entidade, as contratações no comércio vinham crescendo desde o final de 2016, ainda sem alcançar o ritmo observado em 2013 (de 115,5 mil). Entretanto, com a pandemia no ano passado, a quantidade despencou de 91,6 mil trabalhadores, em 2019, para 68,3 mil, em 2020. Esse foi o menor número desde 2015 (67,4 mil).
No Rio Grande do Sul, pesquisa da Fecomércio aponta que 33,4 % das empresas do segmento planejam contar com mão de obra adicional. Um dado importante é que 42,1% dos funcionários contratados de maneira provisória costumam ser efetivados após o período inicial.
Embora ainda não haja estimativas das organizações representativas locais, em nível regional, a tendência é de intenso movimento nas admissões. Pelas ruas do centro de Lajeado, já é possível ver placas de vagas em lojas, o que confirma os bons números de empregabilidade registrados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, nos últimos meses, nas cidades da região.
Apesar da inflação preocupante, principalmente nos itens da cesta básica e nos combustíveis, a previsão é de que as vendas deverão crescer 3,8% neste Natal. Isso, é claro, se deve ao avanço da vacinação e à volta de circulação das pessoas nas ruas. Após amargar um fim de ano de insegurança e restrições em 2020, o retorno da normalidade deve garantir bom faturamento ao setor em 2021.