“Diagnóstico de câncer não é uma sentença de morte”

OUTUBRO ROSA

“Diagnóstico de câncer não é uma sentença de morte”

Paciente contou na live Conversa Franca desta semana como enfrentou e superou a doença, há sete anos

“Diagnóstico de câncer não é uma sentença de morte”
Mediador Hugo Schünemann recebeu Ângela Parisotto e Grasiela Larsen (foto: Lisiane Costa)
Lajeado

“Eu fazia o autoexame com frequência. E de um dia para o outro senti um nódulo. Marquei uma consulta e, enquanto esperava a data chegar, fiquei cuidando. Parava na frente do espelho e me autoexaminava. Quando comecei a sentir dor, a ter uma sensação de calor no seio e perceber a pele avermelhada, voltei a contatar o médico e logo iniciei exames. Primeiro, a suspeita era de um abscesso. Fiz duas drenagens e quando fui tirar os pontos, pela segunda vez, chegou o resultado: câncer de mama. Foi um choque. Mas com excelentes profissionais, apoio da família e amigos, positividade e muita fé, eu venci.”

O relato é da paciente Grasiela Larsen, 39 anos, que há sete anos recebeu o diagnóstico da doença e na noite de quarta-feira, dia 6, contou sua experiência de superação na live Conversa Franca – Saúde em Debate, com o tema “Autocuidado – saúde feminina”, realizada pelo Centro de Oncologia (CRON), com apoio do Grupo A Hora, e transmitida pelo Facebook. Além de Grasiela, o programa, mediado pelo médico oncologista, Hugo Schünemann, contou com a participação da mastologista Ângela Parizotto.

Fé e inspiração

Grasiela lembrou que o mais difícil, na época, foi dar a notícia para a mãe. “Mãe sempre sofre mais ao ver um filho com algum problema, independente de qual seja. E isso me deixou muito angustiada, pois não sabia como ela ia reagir. Mas o meu modo de enfrentar a doença fez a diferença. Quando me perguntavam do que eu mais tinha medo, respondia que era de perder a fé. Mas isso nunca aconteceu e, hoje, ainda ouvir que sou uma inspiração é muito gratificante.”

Alerta ao corpo

A paciente conta que lutou e fez as pessoas ao seu redor mudarem o jeito de viver. “Diagnóstico de câncer não é uma sentença de morte. Não podemos deixar as coisas para depois. Também passei a cuidar ainda mais da minha alimentação e coloquei a atividade física como prioridade”, recorda. A trajetória de Grasiela é considerada um exemplo pela mastologista. “Ela teve um diagnóstico precoce porque estava alerta aos sinais do seu corpo e logo procurou ajuda médica. Isso foi fundamental no tratamento e na cura”, destaca Ângela.

Hábitos para adotar

A profissional acrescenta que o autocuidado não é só fazer os exames preventivos, mas manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas, cuidar da saúde mental e estar com as pessoas que amamos. “A pandemia nos impediu de manter essa rotina. Mas ela também mostrou a importância de estarmos saudáveis. O Outubro Rosa alerta para a prevenção ao câncer de mama, mas também precisamos cuidar de outras doenças graves que nos afetam.”

Na live, os médicos destacaram a infraestrutura na saúde e os profissionais especializados disponíveis na região. “O Vale do Taquari conta com ótimas referências. Mas isso não basta se o paciente não vai atrás, não busca por esses recursos. O CRON, por exemplo, faz amplas campanhas para reforçar que a prevenção é primordial”, cita Schünemann. A mastologista acrescenta que a regra não é ser radical, mas racional: “fazer consultas e exames preventivos aliado a um estilo de vida equilibrado”, ensina.

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