Comércio projeta aumento de 10% nas vendas para o Dia das Crianças

12 DE OUTUBRO

Comércio projeta aumento de 10% nas vendas para o Dia das Crianças

Perspectiva da CDL Lajeado é otimista em relação ao desempenho do comércio para o Dia das Crianças. Lojistas projetam o próximo sábado como principal dia nos negócios, mesmo com a possibilidade de abertura no domingo

Comércio projeta aumento de 10% nas vendas para o Dia das Crianças
Comércio projeta aumento de 51% em vendas em relação ao ano passado. (Foto: Renata Lohmann)
Lajeado

O comércio do município inicia a preparação para o Dia das Crianças. A uma semana da data, as projeções de vendas são animadoras, em especial devido ao atual momento sanitário. Ainda que a data tenha importância menor do que outras comemorações como Natal e Dia das Mães, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lajeado prevê incremento nos resultados na comparação com 2020.

O presidente da CDL Lajeado, Aquiles Mallmann, aponta que não são todos os segmentos que serão beneficiados com a data, mas a circulação maior de pessoas deve ter reflexos em outras áreas. A justificativa está nas flexibilizações que, nas palavras dele, “deixam o cliente mais confiante para sair às compras”. A confiança no ímpeto do consumidor faz a entidade apontar um aumento entre 8% e 10% nas vendas.

Sobre os formatos de vendas, Mallmann destaca que o online segue muito forte, embora o Dia das Crianças tenha uma característica particular de presencialidade. “Esse é um costume que ainda continua. A criança adora fazer ir às compras e se sente valorizada, o brilho nos olhos dela é maior assim. Em outras datas, essa forma de venda com e-commerce ou por redes sociais, acontece com uma maior frequência”, acrescenta.

A CDL Lajeado não fará campanha específica para a data, apenas com movimentos institucionais, o que não tira o otimismo do presidente. “Sabemos que alguns associados estão fazendo campanhas internas. Isso sempre apoiamos, mesmo sem ter uma campanha própria. Estamos em um momento muito feliz no comércio, podemos festejar esse momento”, conclui Mallmann.

O “dia D” é sábado

Nas ruas de Lajeado a movimentação ainda é tímida. Dono de uma loja de brinquedos no Centro da cidade, Volmar Parise afirma que a procura por presentes deve ser maior a partir do sábado. “Ainda não chegou o quinto dia útil, então os clientes devem esperar um pouco mais”, justifica. Mesmo assim, algumas compras feitas já esperavam pela retirada no local, devidamente embalados.

A possibilidade de abertura do comércio no próximo domingo, 10, foi confirmada pelo Sindilojas Vale do Taquari e pelo Sindicomerciários de Lajeado na última sexta-feira, 1º. Pelo acordo, as lojas poderão utilizar mão de obra assalariada em jornada de trabalho de quatro horas, das 15h às 19h. A convenção coletiva abrange, além de Lajeado, os municípios de Estrela, Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Muçum, Progresso, Pouso Novo e Boqueirão do Leão.

Na avaliação de Parise, o principal dia para o comércio será o sábado. “É um dia que teremos grande movimento, isso é líquido e certo”, garante. Por outro lado, o domingo não gera grande expectativa. Com três funcionárias na loja, ele pretende recrutar apenas uma delas para trabalhar na data, embora considere que o acordo seja positivo para todas as partes envolvidas.

Fecomércio-RS mantém cautela

A Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) divulgou ontem, 4, uma avaliação em nível estadual sobre a data, com perspectivas mais conservadoras. De acordo com o órgão, as vendas devem se manter no mesmo patamar do ano passado. Os presentes que devem ficar entre os mais procurados são os brinquedos. No entanto, vestuário, calçados e eletrônicos também devem ser impactados.

Contribuem para este cenário a persistência do desemprego, aumento de preços de produtos essenciais como alimentação, energia elétrica e combustível, a alta dos juros, a queda na renda real e a redução da população de crianças no estado.

“Apesar da retomada das atividades e do aumento da circulação de pessoas estimular o consumo, os comerciantes devem se preparar para receber um consumidor cauteloso diante das incertezas econômicas”, afirma o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn.

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