Empresas pedem melhores condições nas ruas do distrito

Cruzeiro do Sul

Empresas pedem melhores condições nas ruas do distrito

Precariedade das ruas do distrito industrial abre debate entre empresários e administração. Previsão do poder público é iniciar as obras já na próxima semana

Empresas pedem melhores condições nas ruas do distrito
Rua Theodoro Goerck teve o pavimento retirado e tem pontos quase intransitáveis (Foto: Jhon Willian Tedeschi)
Vale do Taquari

O estado de conservação das vias que compõem o distrito industrial de Cruzeiro do Sul é assunto entre os donos e funcionários das empresas lá instaladas. O grande movimento de veículos pesados no local aparece como principal justificativa para os impactos nas ruas.

A situação mais crítica se encontra na rua Theodoro Goerck, onde parte dos blocos de concreto foi retirada de um trecho e criou um ponto de difícil passagem, sobretudo em dias chuvosos, quando a lama predomina. Em outro local na mesma via, a sustentação da estrutura da rua não suportou e criou morros e buracos, que colocam em risco condutores que passam por ali, principalmente que não conhece o distrito.

As ruas Alfredo Marmitt e Ernesto Hepp passaram por processo semelhante de retirada do pavimento. E isto tornou-se mais um problema para quem transita por ali, como é o caso do conferente Augusto Sudbrack. “Todos os acessos que tem no distrito industrial tem valetas, buracos, que precisa acabar desviando para não ficar com o carro entalado no meio do caminho”, afirma.

Na última semana um grupo de empresários se reuniu com representantes da administração municipal para cobrar providências. As partes chegaram a um acordo, ao menos para proporcionar um maior tempo ao município para encaminhar os reparos necessários.

Condição do solo prejudica pavimento

De acordo com o vice-prefeito, João Celso Fuhr, a preocupação com o local não começou com as cobranças. “Fomos sim procurados por alguns empresários, mas nós já sabíamos da gravidade da situação no distrito.”

Ele pontua que a base do pavimento está comprometida, o que demandará em primeiro lugar um trabalho de drenagem. A equipe de engenharia do município já faz estudos no local para avaliar quais as intervenções necessárias.

“Não podemos simplesmente chegar e começar a tirar o material sem ter noção do que tem por baixo. É um serviço bem minucioso, que vai levar vários dias. Vamos deslocar as máquinas e a equipe da secretaria de Obras para tentar resolver esse problema de vez”, pontua o vice-prefeito.

Motivos das más condições

Fuhr justifica a precariedade das ruas pelo fluxo de veículos pesados. “Alguns caminhões carregam de 30 a 40 toneladas, e a base não suporta.” Outro motivo que ele apresenta é a origem da área do distrito. “Para quem conhecia o distrito antes das empresas se instalarem, isso aqui era uma área bem alagadiça. Na época foi feito a colocação do pavimento sem a preocupação com drenagens, muitas coisas foram aceleradas. E este é o resultado que vemos hoje.”

Parceria com empresas instaladas

Para financiar a obra, a administração pretende utilizar recursos próprios, mas quer manter a parceria com as empresas do distrito. O vice-prefeito argumenta que a reforma nas ruas, além de melhorar a infraestrutura, servem como um melhor “cartão de visitas” para o local. “Já colocamos algumas empresas no compromisso”, diz.

No entanto, ao admitir as dificuldades do município com a estrutura de maquinário e material para a execução da obra, o Fuhr indica cautela em relação aos gastos. “Temos que estar com os pés bem no chão”, conclui.

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