Do que se trata essa competição?
A proposta da Olimpíada é promover a educação sobre o consumo consciente de energia. São duas fases, sendo a primeira composta por três desafios e a segunda fase por uma prova objetiva.
Como foram estas duas fases?
Os desafios foram muito interessantes, porque era por pontuação. Então quem se esforçasse mais para conseguir mais eficiência, ganharia mais pontos. Foram cerca de 40 mil inscritos. Os desafios não exigiam cálculos, mas muito pensamento, porque contabilizavam pontos, então qualquer deslize poderia resultar em pontos perdidos. Os temas foram gestão de energia e economia de energia, com eficiência. Um exemplo que posso citar é a gestão da rede energética de uma cidade. Nós tínhamos que gerenciar a cidade, fazendo com que não faltasse energia para os moradores, que o caixa ficasse em superávit. Isso tudo construindo usinas eólicas, solares, se necessário comprar energia das termoelétricas, e a cada mês passado, ganhávamos uma pontuação de acordo com a eficiência.
Antes da Olimpíada, você já tinha interesse nesta área?
Sim, sempre gostei de estudar sobre o assunto. Mas neste ano a área socioambiental e energética me fascinou. A cada ano na escola vemos como a natureza, fauna e flora são impressionantes. O Brasil com sua floresta Amazônica, o Aquífero Guarani, os minerais, as plantas e os animais. É muito importante que jovens, como eu, vão atrás disso. Faz parte do nosso futuro e deve ser levado a sério.
E agora, pretende levar a área adiante, como uma possível profissão no futuro?
Sim! A biologia e química ganharam um lugar especial nos meus estudos. Pretendo seguir a carreira militar. Mas, depois disso, com certeza vou atrás de mais faculdades.
Sobre o tema “eficiência enérgica”, como você avalia a importância do assunto na sociedade e a Olimpíada como um espaço para este debate?
O tema é muito importante. Eu avalio esse assunto como urgente. Porque a energia é vida, sem ela não existiria nada na Terra, e a cada ano o mundo fica mais perto de um colapso energético, pelo menos de fontes limpas. Mas o Brasil é diferente, nós temos sol o ano inteiro, podemos plantar nas quatro estações, temos os mais ricos ecossistemas, temos a maior reserva de água doce do mundo, rios imensos, somos um país tropical. Devemos debater e discutir o melhor jeito de aproveitar isso, mas de maneira consciente e como manter essa fonte estratégica conosco.
Como você se sentiu quando venceu a competição?
Eu fiquei surpreso. Não passou na minha cabeça em nenhum momento que pudesse ser medalha de ouro numa olimpíada tão importante. Depois de cair a ficha, eu percebi que na vida tudo se conquista na base de estudo e perseverança. O ouro não era prioridade, mas se tornou consequência.