Em Portugal, a oportunidade de ser jogador

RUMO À EUROPA

Em Portugal, a oportunidade de ser jogador

De malas prontas e objetivos em mente, jovem lajeadense embarca hoje em busca do sonho de viver do futebol

Em Portugal, a oportunidade de ser jogador
Guilherme atuará no Guarda Desportiva, time da cidade de Guarda (Foto: Renata Lohman)
Lajeado

É comum atletas brasileiros despontarem para o futebol internacional e chegarem à Europa. São centenas de transferências envolvendo os maiores jogadores do país todos os anos. De um tempo para cá, outro fenômeno passou a ser comum. A ida de jovens ainda nas categorias de base. Um dos destinos mais frequentes é Portugal, seja pela facilidade do idioma ou de entrada na União Europeia. É o caso do Lajeadense Guilherme Trombini Sivinski, 18, que vai em busca do sonho de ser um profissional da bola.

O jovem embarca hoje para o país europeu, onde atuará no Guarda Desportiva, na cidade de Guarda, localizada no centro de Portugal. O destino foi decidido após Sivinski encaminhar alguns vídeos com lances e ser aprovado pelo clube. “Foram oito meses de trabalho entre mandar meus vídeos e chegar ao acerto.” Ele disputará inicialmente competições pela categoria Sub-19.

O processo para chegar ao dia de viajar ao país foi complicado. O embarque era previsto para o final de janeiro, mas devido à pandemia e o fechamento das fronteiras com o Brasil, foi adiado. A burocracia aumentou, mas acabou sendo um ponto positivo. “Como eram muitos papéis e seguros, tive mais tempo para me preparar fisicamente e financeiramente. Agora posso dizer que vou mais tranquilo.”

Em busca do Sonho

Ir jogar futebol em Portugal é a consolidação de um sonho que o acompanha desde muito jovem. Quem o conhece sabe que o futebol foi sempre o seu melhor amigo. “Acho que todo atleta tem o sonho de jogar fora do país, e estar realizando isso tão cedo é motivo de muita satisfação e alegria.”

Ele sabe que o mundo do futebol é na maioria das vezes injusto e complicado, mas acredita que estar na Europa será benéfico para a sua carreira. Considera que no Brasil a concorrência pela profissionalização é muito grande, então Portugal pode facilitar voos maiores.

Na Terrinha, encontrará amigos que seguiram o mesmo rumo. “Conversei com outros atletas que seguiram este caminho e me inspiro neles. Me falaram sobre os momentos de solidão, a adaptação, os erros e acertos. Com certeza isso irá me ajudar muito”, considera.

Clube de destino

No Brasil, Sivinski atuou nas escolinhas do Sete de Setembro, AERC Juventus e nas categorias de base do Lajeadense e do Juventude. Agora o desafio será diferente. O Guarda Desportiva atua no Campeonato Distrital, uma espécie de campeonato regional semiprofissional do país, além da Taça de Portugal. “O objetivo da minha categoria é a negociação e ascensão de atletas tanto para clubes nacionais, quanto internacionais. Será um ano de bastante evolução”, projeta.

Longe da família

Como não poderia ser diferente, um dos maiores problemas será lidar com a saudade da família. Filho de Fernando Sivinski e Daniela Trombini Sivinski, e irmão de Francisco, Guilherme diz que desde criança alimentou nos familiares a ideia de que um dia sairia de casa para jogar futebol. “O preparo psicológico já vem sendo feito há algum tempo. Sei que terei muita saudade, mas é normal. Vai ser estranho sair de casa depois de 18 anos, mas é por um bom objetivo.”

O primeiro sonho está sendo concluído. Competitivo que é, o jovem já traça as seguintes metas e sabe aonde quer chegar na carreira. “Quando deito no travesseiro o primeiro sonho que vem na cabeça é o de um dia jogar a UEFA Champions League.”

A mãe Daniela Trombini Sivinski é uma das maiores incentivadoras (Foto: Renata Lohman)

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