Depois de 11 horas de júri, o Judiciário de Teutônia condenou nessa quarta-feira, 15, o réu Júnior Leopoldo, conhecido como ”Sem Cérebro”, a 32 anos de detenção por homicídio quadruplamente qualificado e outras três tentativas enquadradas no mesmo tipo de delito.
Na madrugada de 19 de março de 2017, o homem matou uma pessoa e atingiu outras três após desentendimento ocorrido durante um evento de som automotivo e carros rebaixados, no Salão da Comunidade de Boa Esperança, interior de Paverama. Centenas de indivíduos participavam da festa.
De acordo com o processo, Leopoldo teria ameaçado a ex-companheira, ao passo que apresentava sinais de embriaguez e de consumo de drogas. Ele teria sido expulso pelos seguranças do local após um desentendimento.
Mais tarde, retornou e efetuou diversos disparos em direção ao público. Dias depois, foi preso pela Polícia Civil e assumiu a autoria do crime. Segundo o promotor de Justiça de Teutônia, Jair João Franz, todas as teses do Ministério Público (MP) foram acolhidas pelos jurados. Entre os fatores que contribuíram para a formatação da sentença estão: “crime cometido por motivo torpe, dificuldade ou impossibilidade de defesa das vítimas e demais frequentadores da festa e o perigo comum”.
Franz destaca que o júri foi bastante trabalhoso em função da gravidade, repercussão do crime e pela própria extensão, bem como avaliou positivamente o resultado. Conforme o promotor, a partir de agora, as únicas possibilidades de mudança do panorama consistem na alteração da pena estipulada. Em um cenário, a defesa pedir uma redução do período a ser cumprido. No outro, o MP solicitar o aumento da reclusão.
O Júri foi o primeiro a ser realizado em Teutônia desde a paralisação em virtude da pandemia. Conforme o promotor, todos os protocolos sanitários foram observados, como o distanciamento e o uso de álcool-gel e o uso de máscaras, inclusive durante os debates orais.