Empresa investe R$ 2,5 milhões em estação de tratamento de resíduos

Teutônia

Empresa investe R$ 2,5 milhões em estação de tratamento de resíduos

Unidade tem capacidade para receber até 30% do chorume produzido no RS

Empresa investe R$ 2,5 milhões em estação de tratamento de resíduos
Resíduo é transformado em líquido de fertirrigação ou para reuso industrial. Unidade funciona em Teutônia (Foto: Divulgação)
Teutônia

O tratamento de efluentes domésticos, industriais e do chorume de aterros sanitários é a solução oferecida pela M2K Tecnologia Ambiental. A empresa com sede em Lajeado, investiu R$ 2,5 em nova unidade no município de Teutônia.

A Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) tem capacidade de receber até 30% de todo o chorume produzido no RS. Esse resíduo da decomposição orgânica do lixo em aterros sanitários é transformado em líquido de fertirrigação ou para reuso industrial.

De acordo com Antonio Carlos Mallmann, o responsável técnico do empreendimento, o modelo é inspirado em tecnologias aplicadas e estudadas por ele na Alemanha e no Canadá. A estação em Teutônia é quatro vezes maior que a unidade no aterro municipal de Lajeado.

Conforme o sócio e diretor comercial da M2K, Ricardo Kober, a licença da Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul (Fepam) permite receber 500 metros cúbicos de chorume por dia. Por mês, serão tratados 15 mil metros cúbicos.

Kober explica que a estação de tratamento tem capacidade para atender empresas e indústrias que produzem efluentes, assim como as casas e prédios residenciais com esgoto doméstico. Da mesma forma, está licenciada para receber chorume de todos os aterros sanitários públicos e privados do estado.

“Garantimos a coleta, o transporte, o tratamento e a correta devolução da água para os mananciais hídricos”, aponta Kober. O empresário salienta que já iniciaram as operações e potencializa estratégias de mercado com foco nas regiões do Taquari, Rio Pardo, Sinos, Serra e Região Metropolitana.

Os sócios Ricardo, Wagner e Rodrigo Kober, e o técnico Antonio Mallmann (Foto: Divulgação)

Legislação ambiental

No início do mês, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que torna obrigatório o tratamento de chorume gerado em aterros sanitários.

A matéria prevê o prazo de dois anos para os gestores públicos se adequarem à lei. O projeto agora será analisado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Kober destaca que a empresa coloca à disposição do setor público e privado uma alternativa para o correto destino dos resíduos. “Trabalhamos com uma tecnologia inovadora e ecologicamente correta”, pontua.

Estudo de eficácia

Fundada em 2015, a M2K implementou no aterro sanitário de Lajeado, em setembro de 2017, a primeira estação de tratamento. Em 2020, um estudo avaliou os resultados do processo que inclui a remoção de amônia, aeração, floculação, decantação, filtração com areia e osmose reversa.

Na unidade, 150 mil litros de chorume podem ser tratados num período de 16 horas diárias. Conforme o técnico Antonio Carlos Mallmann, as amostras analisadas em laboratório credenciado da Fepam, demonstraram altas taxas de eficiência, com valores acima de 90%, atendendo padrões do Conselho Nacional do Meio Ambiente.

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