Para superar o trauma de 2020

Editorial

Para superar o trauma de 2020

Para superar o trauma de 2020
Vale do Taquari

Acertam os municípios da região em aprimorar as suas estratégias de resposta a enchentes. Trata-se de um fenômeno recorrente às cidades lindeiras ao rio Taquari, mas que periodicamente costuma trazer prejuízos e transtornos às comunidades.

Desde a cheia histórica de julho de 2020, o tema passou a ser tratado com um nível mais alto de responsabilidade. O episódio foi um dos mais graves das últimas décadas e deixou um rastro de destruição, quando o nível das águas alcançou a marca de 27,3 metros em Estrela.

De lá para cá, os líderes locais e órgãos responsáveis pelo monitoramento do rio e ações de mitigação de danos trabalharam para se preparar melhor às futuras enchentes. Um incidente que costuma ocorrer todos os anos não pode surpreender a comunidade regional da maneira como foi em 2020. Por óbvio, é preciso considerar as proporções sem precedentes daquela ocorrência.

De todo o modo, localidades que se desenvolveram em um vale junto a um dos principais cursos d’água do estado, repleto de outros arroios, precisa ter uma plano de prevenção e resposta a enchentes eficiente e capaz de evitar desastres e minimizar as situações de risco.

Algumas iniciativas evoluíram nesta semana no sentido de preparar melhor o Vale do Taquari. Em Brasília, comitiva de Lajeado tratou com a Defesa Civil Nacional a organização de uma grande simulação de cheia, o que deve ocorrer entre novembro e dezembro. Novas réguas de controle do rio também serão inauguradas nos próximos dias. E, por meio de mensagens de SMS, população das áreas vulneráveis será alertada sobre situações de perigo.

Os avanços são oportunos e promissores. A enchente de julho de 2020 expôs a fragilidade regional diante desse tipo de acontecimento. Em um episódio de catástrofe natural extrema, não cabe achar culpados ou condenar pessoas ou organizações. No entanto, identificar as falhas e buscar a correção de processos e estratégias é crucial para evitar a repetição dos mesmos erros.

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