“Lugar de mulher pode ser liderando qualquer instituição e órgão”

Abre aspas

“Lugar de mulher pode ser liderando qualquer instituição e órgão”

O envolvimento com o tradicionalismo começou ainda na juventude da coordenadora da 24ª Região Tradicionalista (RT), Luce Carmem da Rosa Mayer, 50. A moradora de Venâncio Aires é a primeira mulher no cargo, que já exerce pelo quarto mandato na entidade

“Lugar de mulher pode ser liderando qualquer instituição e órgão”
(Foto: Arquivo pessoal)
Vale do Taquari

Como começou o envolvimento com o tradicionalismo?
Meu envolvimento com o mundo tradicionalista começou ainda jovem, quando morava em Barros Cassal onde frequentava o CTG Filastro Brum. Posterior a isso, quando nos mudamos para Venâncio, acabei me afastando da vida tradicionalista. Retornei quando meu filho Fellipe decidiu participar da Invernada Artística do DTG Piazito da Tradição, em 2003. E em seguida, a Marina começou a participar das atividades também. Daí em diante nosso vínculo com o Movimento Tradicionalista se estreitou ainda mais. Meus filhos participando de concursos de Prenda e Peão, invernada artística e campeira. Passei a assumir cargos de liderança também dentro das entidades, Associação Tradicionalista Venâncio-Airense (ATVA), Região Tradicionalista e Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG).

Como chegou até a coordenação da 24ª Região Tradicionalista?
Trabalhando com os departamentos, sendo diretora de cultura e diretora artística da região, além de fazer um trabalho junto das entidades, as escutando e realizando trabalho em prol das mesmas.

Quais os desafios enfrentados à frente da RT?
Principalmente o preconceito por ser mulher, mas, de pouco a pouco, conquistei o espaço e o respeito de todos. Além disso, a pandemia também foi e é um desafio, não só dentro do tradicionalismo.

Como mulher, qual a importância de ocupar este cargo?
Representatividade. Mostrar para sociedade que lugar de mulher pode ser liderando qualquer instituição e órgão.

Como manter as tradições?
A principal importância é renovar e disseminar cada vez mais nossas raízes, nossa tradição. E o incentivo pois sabemos que dentro de uma entidade tradicionalista se trabalha sobre respeito, ética, solidariedade além de ensinar nossa cultura e os legados deixados pelos nossos antepassados.

Como incentivar as novas gerações?
Uma das principais formas de incentivar é fazer o vínculo entre CTG e escola. A partir dai é possível contar a história do surgimento do movimento e a importância de cultivarmos as nossas tradições. Falar e ensinar a essas crianças e jovens tudo sobre a nossa cultura tradicionalista nas diversas manifestações, seja na área artística através da dança, canto, poesia, chula ou através da campeira pelas provas de laços, no cultural, nos concursos de prendas e pões, além de oficinas que o departamento cultural realiza e oferece para os seus associados. Paralelo a isso, dar a oportunidade para que nossa juventude se manifeste e saiba se posicionar, isso acontece principalmente durante a Semana Farroupilha que temos como grandes aliados os nossos jovens que auxiliam nas atividades com as escolas. A melhor forma de incentivar essa nova geração é fazer essa ligação entre escolas e entidades, assim vamos conseguir que novas crianças e pais passem a vivenciar as experiências de uma entidade tradicionalista.

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