A Polícia Civil, através do Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (Denarc), realizou uma operação, na manhã desta quinta-feira, 16. As investigações apontaram que uma facção gaúcha, ligada a uma organização criminosa que surgiu em São Paulo, usava pequenos aviões para trazer cerca de 200 quilos de cocaína do Paraguai toda a semana.
Um dos locais usados para o pouso dos aviões era o Aeródromo de Estrela. A droga era carregada em fazendas, na fronteira com o Paraná, e encaminhadas para o interior do estado. O aeródromo de Eldorado do Sul, na região metropolitana, também era usado. O grupo usava pessoas como laranjas para o cadastro das aeronaves.
Investigação
As investigações iniciaram após uma apreensão, realizada no final de abril, em que foram apreendidos 46 kg de cocaína, além de 14,6 kg de insumos, 500 gramas de maconha, 430 comprimidos de ecstasy, uma pistola glock e três veículos.
Na tarde desta quarta-feira, 15, a Polícia Civil monitorava um dos aviões utilizados pela quadrilha e, ao pousarem em Novo Hamburgo, prenderam os dois ocupantes da aeronave, que estavam com mandado de prisão preventiva decretada. Com eles foram apreendidos quatro mil dólares, documentos e equipamentos.
Na manhã desta quinta-feira, 16, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Gravataí, São Leopoldo, Capão da Canoa e no estado de São Paulo, nas cidades de Araras e Bragança Paulista, resultando na prisão de mais duas pessoas e na apreensão de uma aeronave.
A operação durou seis meses, deu um duro golpe logístico e financeiro na maior facção do estado, com base no vale dos sinos, e que possui estreita relação com uma organização criminosa do estado de São Paulo, que opera em todo país.
Posicionamento da Prefeitura de Estrela
Em nota oficial, a Prefeitura de Municipal de Estrela informou que está colaborando com a investigação. “É inadmissível que criminosos se utilizem de áreas públicas para promoção de fins ilícitos. Não aceitaremos, e por isso já estamos dando o total apoio às autoridades envolvidas, sendo que qualquer outra informação neste momento pode vir a atrapalhar as investigações”, pontua o secretário de Administração e Segurança Pública, César Augusto Pereira da Silva.
