Vale aguarda respostas sobre fim da outorga

Concessão das rodovias

Vale aguarda respostas sobre fim da outorga

Estado avalia mais de dois mil pedidos de reconsideração do plano para transferência das rodovias à iniciativa privada. Prazo para devolução das análises técnicas estava previsto para fim de agosto. Sem previsão para esta etapa, líderes locais cobram agilidade do Piratini

Vale aguarda respostas sobre fim da outorga
(Foto: Arquivo A Hora)
Vale do Taquari

Sem a devolução quanto aos apontamentos da proposta do Estado para concessão das rodovias, cria-se um cenário de dúvidas com relação ao atendimento dos prazos para o leilão. Para o Piratini, o modelo dos pedágios, pensado a partir de estudo do BNDES e da Secretaria de Parcerias Estratégicas, ainda é o mais sustentável e indicado para o RS.

Por outro lado, setores que representam usuários e empresários consideram o critério para escolha da empresa, com a outorga (pagamento antecipado da vencedora ao Estado), um erro e que trará mais custos ao motorista.

Em todas as audiências públicas e reuniões, desde maio quando o plano de concessões foi apresentado, líderes do Vale do Taquari se manifestaram contrários a este dispositivo. A defesa regional, desde antes da confirmação do modelo em análise, era seguir o formato de concessão da ERS-287, entre Tabaí e Santa Maria, do qual a vencedora foi definida apenas pela menor tarifa.

Acrescenta-se ainda a mudança nos prazos das duplicações, em especial da ERS-130 entre Encantado a Cruzeiro do Sul, os locais das praças de pedágio sem dividir comunidades e a perspectiva de implementar a cobrança por quilômetro rodado (free flow).

Presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Ivandro Rosa, ressalta a necessidade de conhecer a posição oficial do Piratini quanto aos pedidos dos líderes locais. Para ele, instituir o pedágio no formato atual, defendido pelo Executivo gaúcho, seria prejudicial ao Vale, pois onera a comunidade pelos próximos 30 anos.

As concessões fazem parte do Avançar RS. No programa constam investimentos em duplicações, ampliação de pistas, rótulas e intersecções. São mais de 1,1 mil quilômetros, com expectativa de aplicar R$ 10,4 bilhões em três décadas.

As rodovias do Vale (ERSs 128, 129, 130 e 453) aparecem no lote 2 junto com estradas de Passo Fundo, Carazinho até Santa Cruz do Sul. Nestes trechos, seriam R$ 3,9 bi de investimentos.

Prazos revistos

A perspectiva era de encaminhar as respostas no fim de agosto. Com mais de dois mil pedidos de reconsideração, a área técnica do Estado ainda não tem prazo de quando serão concluídas as devolutivas.

Pelo cronograma inicial, o mês de setembro seria destinado para apresentação do modelo final do edital de concessões. Ainda que haja atraso entre o previsto e o feito, o Estado mantém o plano de fazer o leilão das rodovias em dezembro.

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